Categories: Economia

Pela 1ª vez, País registra mais de cem mortes em 1 dia; nº de óbitos chega a 667

TwitterTwitterFacebookFacebookWhatsAppWhatsAppLinkedInLinkedInTelegramTelegramEmailEmailPrintPrint

Pela primeira vez, o Brasil registrou em 24 horas mais de cem mortes pela covid-19. O número de casos confirmados saiu de 12.056 para 13.717, conforme o Ministério da Saúde. Foram 1.661 novos casos notificados e as mortes pelo novo coronavírus passaram de 553 para 667.

Há pessoas infectadas em todos os Estados e só Tocantins ainda não registrou morte. Com base na comparação entre infecções e mortes, o índice de letalidade está em 4,9%. Apesar dos números em ascensão, o total de pessoas infectadas é ainda maior. O País enfrenta problemas de oferta de testes que comprovam a contaminação mesmo para os casos considerados suspeitos, e o governo reconhece a subnotificação.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou ontem que fez contato com o governo da China em busca de um “esforço comum” para trazer equipamentos de saúde ao Brasil durante a pandemia do novo coronavírus, outro gargalo do sistema. E voltou a dizer que, em alguns casos, será necessário enviar aviões brasileiros para viabilizar o transporte. Pouco antes, o embaixador da China, Yang Wanming, contou, pelo Twitter, que conversou com Mandetta por telefone e eles concordaram em reforçar a cooperação bilateral.

Isolamento

Mandetta negou ontem que tenha relativizado a importância do isolamento social para conter o avanço do novo coronavírus ao definir critérios para que Estados e municípios relaxem regras de distanciamento. Mandetta explicou que as orientações foram formalizadas a pedido de gestores locais. Segundo ele, a ideia foi definir parâmetros, uma vez que as cidades não são afetadas da mesma maneira. “A última quarentena foi em 1917. Não existia uma porção de coisas que existem hoje. Temos cidades com nenhum caso e paralisia total de suas atividades.”

As instruções são para que, a partir de segunda, as regiões troquem o isolamento amplo pelo seletivo (restrito a grupos de risco) se menos da metade da capacidade de atendimento tiver sido comprometida. “Estados e municípios têm toda a capacidade de avaliar seu contexto”, disse o secretário de Vigilância, Wanderson de Oliveira.

A avaliação e a transição ficarão a critério dos prefeitos e dos governadores. A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC) cobrou ontem explicações do ministro da Saúde sobre as fundamentações técnicas para esse afrouxamento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Por Vinícius Valfré, Julia Lindner e Fabrício de Castro, com colaboração de Luiz Vassallo

AddThis Website Tools
Estadão Conteúdo

Recent Posts

Diretor de RI do Nubank Jorg Friedemann vai deixar cargo

O diretor de relações com investidores do Nubank, Jorg Friedemann, está deixando o cargo. Ele…

2 horas ago

Setor privado lançará grupo análogo ao B20, do G20, para levar contribuições à COP 30

Empresários brasileiros e estrangeiros vão lançar um grupo semelhante ao B20 - fórum de representação…

4 horas ago

Em ano de COP 30, crédito de descarbonização deve atrair novos investidores

Os créditos de descarbonização (CBIOs) estão com a rota traçada para ingressar nas carteiras de…

5 horas ago

Petrobras pagará US$ 283 mi em acordo para encerrar litígio com a EIG Energy nos EUA

O conselho de administração da Petrobras aprovou o acordo para encerramento de pendência judicial com…

15 horas ago

Desativação de bomba da 2ª Guerra causa caos no transporte em Paris por horas

A desativação de uma bomba não detonada da Segunda Guerra Mundial, descrita pela polícia de…

16 horas ago

CNI: Apesar de alta no PIB, desaceleração da economia preocupa segmento industrial

Apesar de considerar positiva a alta de 3,4% do PIB em 2024, a Confederação Nacional…

18 horas ago