Economia

Mercados internacionais passam a sofrer queda, após dois dias de ganho

Após dois dias consecutivos de ganhos relevantes, mercados internacionais passaram a cair, em meio às turbulências do novo coronavírus, causador da covid-19. Na segunda-feira, 6, e na terça-feira, 7, as regiões asiática e europeia tiveram ganhos generalizados em meio a sinais recentes de desaceleração da pandemia em várias partes do mundo, tanto em número de casos quanto de mortes.

Na Europa, em que as negociações começaram na manhã desta quarta-feira, 8, em queda generalizada, uma comissão criada para discutir medidas para aliviar os impactos econômicos do novo coronavírus, não chegou a um consenso, o que contribuiu para o desempenho negativo nas primeiras horas de pregão. As discussões vão ser retomadas na quinta-feira, 9.

Já na Ásia, os índices não seguiram direção única após o fechamento do pregão nesta manhã, com China tendo queda por exemplo, enquanto Japão obteve alta significativa. O continente aguarda, também, os desdobramentos da pandemia. No Japão, inclusive, o governo declarou na terça estado de emergência por um mês na região metropolitana de Tóquio e em outras áreas populosas.

Já a cidade chinesa de Wuhan, onde o surto de coronavírus teve início, saiu da quarentena depois de 11 semanas. A China registrou na terça duas novas mortes pela doença, elevando o total acumulado de óbitos para 3.333. Na véspera, não houve registro de mortes.

Eurogrupo
O Eurogrupo, formado por ministros de Finanças da zona do euro, não conseguiu chegar a um acordo sobre mais medidas para ajudar a região a lidar com o impacto da pandemia de coronavírus, após conversas que atravessaram a madrugada, e voltará a se reunir na quinta.

“Depois de 16 horas de discussões, chegamos perto de um acordo, mas ainda não estamos lá”, afirmou na quarta-feira, 8, o presidente do Eurogrupo, Mário Centeno, em sua conta oficial no Twitter. Centeno decidiu, então, suspender a reunião, que será retomada nesta quinta-feira, 9.

Índices europeus e asiáticos
Às 4h23, no horário de Brasília, a Bolsa de Londres caía 1,07%, a de Frankfurt recuava 0,76% e a de Paris se desvalorizava 1,54%. Em Milão, Madri e Lisboa, as perdas eram de 0,98%, 1,39% e 0,66%, respectivamente.

Na China continental, os mercados sofreram perdas modestas: o Xangai Composto recuou 0,19%, a 2.815,37 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto caiu 0,16%, a 1.740,65 pontos. Por outro lado, o índice japonês Nikkei subiu 2,13% em Tóquio, a 19.353,24 pontos, um dia depois de o gabinete do Japão aprovar um pacote econômico equivalente a quase US$ 1 trilhão, em resposta aos efeitos adversos do coronavírus.

Em outras partes da Ásia, o Hang Seng teve baixa de 1,17% em Hong Kong, a 23.970,37 pontos, e o sul-coreano Kospi se desvalorizou 0,90% em Seul, a 1.807,14 pontos, interrompendo uma sequência de quatro sessões positivas, mas o Taiex avançou 1,41% em Taiwan, a 10.137,47 pontos.

Na Oceania, a Bolsa australiana ficou no vermelho, após mais um pregão de intensa volatilidade. O S&P/ASX 200 caiu 0,86% em Sydney, a 5.206,90 pontos, depois de chegar a apresentar queda de até 2,5% e subir 1,3% em seu melhor momento.

Petróleo
Os contratos futuros do petróleo operavam em alta na madrugada desta quarta-feira, recuperando-se parcialmente de fortes perdas de terça, com a atenção dos investidores mais uma vez voltada para a reunião virtual que a Opep+ – grupo formado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e dez aliados, incluindo a Rússia – fará na quinta-feira, 9, para discutir um possível corte adicional em sua produção, em resposta ao impacto econômico do coronavírus.

Na sessão anterior, as cotações do petróleo sofreram forte queda após a Administração de Informação de Energia (EIA, na sigla em inglês) dos EUA prever o maior recuo na demanda pela commodity em 30 anos. No fim da manhã, o Departamento de Energia (DoE) publica pesquisa semanal sobre estoques de petróleo e derivados dos EUA.

Às 4h47 (de Brasília), o petróleo WTI para maio subia 4,82% na New York Mercantile Exchange (Nymex), a US$ 24,77 o barril, enquanto o petróleo Brent para junho avançava 1,73% na Intercontinental Exchange (ICE), a US$ 32,42 o barril.

Estadão Conteúdo

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