Categories: Economia

Juro será mantido entre 0% e 0,25% até que dirigentes estejam confiantes, diz Fed

Os dirigentes da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) consideraram que é “apropriado” manter os juros dos federal funds na faixa atual, entre 0 e 0,25%, até que eles tenham “confiança de que a economia absorveu os eventos recentes” e está no caminho de “atingir as metas de máximo emprego e estabilidade de preços” do comitê, diz a ata da reunião.

A ata mostrou ainda que, para alguns dos dirigentes, um corte de 50 pontos-base seria suficiente naquela reunião, por já apoiar a economia.

Na avaliação deles, era preferível esperar até haver maior certeza de que o mecanismo de transmissão da política monetária por meio dos mercados financeiros e do estoque de crédito para famílias e empresas estava trabalhando de modo efetivo. Isso permitiria respostas fiscais e de saúde pública ao coronavírus e preservaria a capacidade de o comitê cortar mais os juros, defendia esse grupo, segundo o documento. Para alguns dirigentes, um corte de 100 pontos-base, que acabou acontecendo, poderia enviar um “sinal negativo” sobre a perspectiva econômica

Inflação e meta

Na mais recente reunião de política monetária do Federal Reserve, os dirigentes concluíram que, devido aos impactos do coronavírus na economia, o retorno da inflação à meta de 2% vai demorar mais do que o esperado, conforme destaca a ata referente ao encontro, divulgada nesta quarta-feira.

Segundo o documento, os participantes elaboraram dois cenários possíveis para o comportamento da atividade econômica americana. Um deles prevê que, após a forte recessão, a recuperação acontecerá no segundo semestre de 2020.

Já o outro leva em consideração uma retomada mais lenta, consolidada apenas em 2021. “Nos dois cenários, a inflação está projetada para enfraquecer, refletindo tanto a deterioração na utilização de recursos quanto fortes quedas nos preços de energia”, diz.

Os dirigentes acreditam que, além do declínio nas cotações de petróleo, a redução na demanda, com uma menor confiança do consumidor, e o fortalecimento do dólar também irão pressionar os preços. “Os participantes indicaram que implementar uma política monetária mais acomodatícia agora pode ser útil para compensar esses fatores ao longo do tempo e para alcançar o objetivo de inflação a 2%”, ressalta o texto.

Por Iander Porcella, André Marinho e Gabriel Bueno da Costa

Estadão Conteúdo

Recent Posts

Latam amplia em 12% voos no Brasil em 2025, com quatro novas rotas domésticas

A Latam vai operar 348 voos domésticos por dia no Brasil em 2025, 12% a…

6 horas ago

ANP aprova acordo de cooperação com Serpro no âmbito do RenovaBio

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou um acordo de cooperação…

6 horas ago

Correção: Lula faz evento para tornar oficial programa de repactuações de rodovias

A matéria publicada anteriormente continha uma incorreção sobre a nome da concessionária do trecho da…

8 horas ago

Brasil vive momento histórico sobre concessões, com melhor entendimento público, diz Lula

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que o País vive um…

10 horas ago

Renan Filho: governo analisa 4 repactuações de rodovias, encaminhou 8 para o TCU e reprovou 2

O ministro dos Transportes, Renan Filho, apresentou o balanço dos trabalhos que compõem o "Programa…

11 horas ago

Claro lança oferta de celular para fisgar público que ainda não aderiu ao 5G

A Claro fechou parceria com a Motorola para lançar uma oferta de celular 5G com…

11 horas ago