O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quarta-feira, 8, que antes da crise do novo coronavírus, o País começava a crescer com o mercado de crédito surpreendendo para cima. Apesar da pandemia, segundo ele, os planos da autoridade monetária para 2020 não mudaram.
“Estávamos com um plano de voo, com menos crédito público e mais crédito privado. E esse plano de voo continua. Vamos entregar o PIX neste ano e andar com o open banking”, afirmou Campos Neto, em conversa virtual organizada pelo Credit Suisse.
Ele repetiu que havia um consenso de que os impactos da covid-19 chegariam ao País via choque de oferta, mas depois todos perceberam que também haveria choque de demanda na economia.
“Temos um cuidado com a liquidez, com os setores mais afetados e com o câmbio. Queremos um canal de crédito que funcione. E fizemos uma liberação maior de depósitos compulsórios ainda em fevereiro. O BC do Brasil foi o primeiro a injetar liquidez no sistema”, completou Campos Neto.
Para o presidente do BC, a comunicação da autoridade monetária é muito importante para sinalizar que, apesar do desvio para combater a crise, a atuação da autarquia voltará à normalidade após a pandemia.
Por Eduardo Rodrigues e Fabrício de Castro
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