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Após isolamento contra coronavírus, travessia de balsa cai 90% em Ilhabela

O movimento na travessia por balsa à cidade de Ilhabela, no litoral norte do Estado de São Paulo, caiu quase 90% após as medidas de isolamento impostas pela prefeitura devido ao coronavírus. Conforme dados da Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa), que opera o serviço, na semana de 8 a 14 de março, antes das medidas, a travessia recebeu 17,7 mil usuários. Já com as restrições, no período de 22 a 28 de março, apenas 1,7 mil fizeram a passagem. Em outras travessias litorâneas operadas pela empresa, a queda após a quarentena estadual foi de 66%.

Na segunda-feira, 6, a prefeitura de Ilhabela prorrogou até o próximo dia 23 a proibição de acesso à ilha para não moradores. A medida está em vigor desde 20 de março. Além de turistas e veranistas, a medida atinge também moradores que deixaram a cidade sem motivo justificável. O controle é feito no serviço de balsa que liga o continente à ilha, único meio de chegada à cidade a pé ou de carro.

Conforme a secretária de turismo Bianca Colepicolo, o isolamento está garantindo que Ilhabela tenha menos casos de coronavírus que as outras cidades da região. São 20 casos suspeitos e apenas um confirmado. “Seguimos o decreto estadual de quarentena, por isso, apenas os serviços essenciais estão autorizados a acessar a travessia. Caso necessite sair do arquipélago, não o faça sem a autorização para o retorno”, adverte. Segundo ela, os municípios do Vale do Paraíba e outros do litoral norte têm casos confirmados e mortes pela doença, por isso quem sai do município para essas áreas se expõe ao risco de pegar a covid-19.

A prefeitura acena com penalidades para quem infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença infecciosa. Quem precisa atravessar o canal marinho que separa Ilhabela de São Sebastião, no continente, precisa pedir autorização e aguardar a liberação, que pode demorar de 30 minutos a duas horas. O pedido pode ser feito através de uma plataforma digital. As autorizações são individuais – um veículo com quatro pessoas precisa fazer quatro pedidos de acesso. Quem tenta burlar o sistema com informações falsas vai para uma lista de pessoas com histórico negativo.

O critério para autorizar a entrada na cidade leva em conta se é morador local e tem motivo justificável. “O morador precisa ter vida socioeconômica no arquipélago, como emprego. Veranista com casa na ilha não se enquadra como morador, sendo assim, documentos como IPTU, contrato de aluguel e contas de água e luz não são válidos para comprovar moradia”, observa a prefeitura. Levar parentes para a ilha, mesmo próximos, é proibido. Grupo familiar não tem acesso conjunto: cada membro – marido, mulher e filhos – precisa de uma análise.

Por José Maria Tomazela

Estadão Conteúdo

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