Categories: Economia

Bradesco oferecerá financiamento para pequenas empresas pagarem salários

O Bradesco vai oferecer a partir de segunda-feira, 6, a nova linha destinada a financiar as folhas de pagamento de pequenas e médias empresas para ajudá-las na travessia da crise gerada pela pandemia de coronavírus no Brasil. O banco, primeiro a anunciar a oferta do crédito emergencial, espera que a medida beneficie até 1 milhão de trabalhadores.

A oferta da linha foi possível devido à publicação da medida provisória 944, que instituiu o Programa Emergencial de Suporte ao Emprego, regulamentada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e o Banco Central. O objetivo da MP é garantir a sobrevivência das empresas que mais empregam no País e, com isso, preservar milhões de postos de trabalho durante a crise.

O Bradesco vai ofertar a linha por meio de canais digitais e ainda nas agências por telefone. Clientes com crédito pré-aprovado poderão acessar o financiamento diretamente nos sistemas do banco, o Net Empresa ou no Net Empresa Celular. Após aprovação, o recurso também será liberado nos canais digitais.

Na última sexta-feira, o Estadão/Broadcast antecipou que os bancos consideravam liberar a linha de crédito nesta semana, em um esforço para apoiar as empresas já na folha de março, que será paga no dia 7 de abril, próxima terça-feira. A antecipação dependia, contudo, da regulamentação da medida. Na sexta-feira mesmo, a MP foi encaminhada para a assinatura do presidente Jair Bolsonaro e publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).

Estão elegíveis a aderirem ao crédito emergencial empresas com faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões. A linha terá prazo de 36 meses, sendo seis meses de carência e não terá cobrança de spread bancário (diferença de quanto o banco paga para captar e cobra para emprestar). A taxa será fixa, de 3,75% ao ano.

A empresa poderá financiar até duas folhas de pagamento, limitado a dois salários mínimos por funcionário até R$ 2.090,00, ficando o restante, se houver, a cargo do caixa da empresa. Em contrapartida, não poderá demitir sem justa causa por 60 dias, a contar da data da contratação da linha de crédito.

No total, serão R$ 40 bilhões para financiar a folha de pagamentos dos próximos dois meses. Desse valor, o Tesouro arcará com 80% do funding e do risco e os bancos repassadores com os outros 15%. O papel do BNDES será repassar os recursos às instituições participantes, que serão responsáveis pelo crédito aos clientes.

Por Aline Bronzati

Estadão Conteúdo

Recent Posts

Vale: Esperamos chegar a um acordo final no processo de mediação em outubro

Em resposta a comentários do ministro Alexandre Silveira, das Minas e Energia, a Vale afirmou,…

7 horas ago

BNDES aprova crédito de R$ 58 Mi a TW Transportes para reconstrução de armazém no RS

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou crédito emergencial, na modalidade investimento…

7 horas ago

BC informa ocorrência de incidente de segurança com chaves Pix sob guarda da SHPP Brasil/Shopee

O Banco Central informou nesta quinta-feira, 19, a ocorrência de incidente de segurança com dados…

8 horas ago

Lula sanciona lei que cria política nacional de incentivo ao cultivo de coco

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou nesta quinta-feira, 19, a Lei…

10 horas ago

Governo contrata projeto para trecho da Transnordestina; é o 1º investimento do tipo em 14 anos

A Infra S.A., empresa pública vinculada ao Ministério dos Transportes, assinou contrato com o Consórcio…

10 horas ago

iFood lança portal de dados e diz que entregadores trabalham 31,1 horas mensais pelo app

A empresa de delivery de comida e mercado iFood declarou que houve uma redução na…

10 horas ago