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Ferramenta do Google vai medir movimentação de pessoas

O Google lança nesta sexta-feira (3) um novo recurso que poderá ajudar autoridades a saber se políticas de distanciamento social estão sendo seguidas em meio à pandemia do coronavírus. Com dados de localização de usuários obtidos em mais de 130 países, a empresa publica a primeira versão dos Relatórios de Mobilidade Comunitária, mostrando como está a movimentação das pessoas em diferentes tipos de locais, como parques, lojas, locais de trabalho e residências. Aqui no Brasil, além de dados centralizados sobre o País, haverá números específicos sobre cada um dos 26 Estados, além do Distrito Federal.

“Já usamos dados agregados e anônimos que indicam a movimentação em determinados lugares, como vias de trânsito intenso ou restaurantes”, explica a empresa, em comunicado assinado por Jen Fitzpatrick, vice-presidente da área de mapas, e Karen De Salvo, diretora de saúde do Google. “Os relatórios vão conter informações sobre o que mudou agora que as pessoas estão trabalhando de casa, tomando medidas para que a curva da pandemia deixe de ser ascendente e se transforme numa linha plana.”

A expectativa é de que autoridades compreendam não só se a movimentação caiu ou subiu, mas também se é necessário, por exemplo, colocar mais ônibus ou trens à disposição, para evitar que os passageiros se aproximem durante a viagem.

Em uma primeira versão do relatório, referente ao dia 29 de março e obtida com exclusividade pelo Estado, é possível verificar que a movimentação do brasileiro em lojas e locais de recreação caiu 71%, na comparação com a média dos mesmos locais nos domingos das semanas entre 3 de janeiro e 6 de fevereiro. Os dados sempre consideram a média de variação para os diferentes dias da semana. Em mercados e farmácias, esse índice foi de queda de 35%; em escritórios, a baixa foi de 34%. Já nas residências, houve alta de 17%. Os números do Estado de São Paulo são bastante parecidos.

A empresa ainda não definiu qual será a periodicidade da atualização dos dados. Segundo o Google, os relatórios foram desenvolvidos depois de pedidos de autoridades sanitárias, em todo o planeta, para saber se seria possível utilizar dados de localização para monitorar o avanço da doença.

Privacidade

Todos os dados cedidos publicados nos relatórios foram agregados e tornados anônimos pelo Google. Além disso, as informações passaram por um processo de privacidade diferencial, com a inserção de um “ruído” aleatório, que não permite a individualização dos usuários. A tecnologia, criada pela companhia, está em código aberto – o que permite que qualquer pessoa possa verificar como funciona. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Por Bruno Capelas

Estadão Conteúdo

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