A alta de 0,5% registrada pela indústria em fevereiro ante janeiro foi decorrente de avanços na produção em 15 das 26 atividades pesquisadas, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O movimento foi puxado pela produção de veículos automotores, reboques e carrocerias (2,7%) e outros produtos químicos (2,6%), enquanto a fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos, um dos primeiros ramos industriais a sofrer efeitos da pandemia do novo coronavírus, por causa de problemas na importação de componentes da China, registrou queda de 5,8% em fevereiro ante janeiro.
“Entre as atividades, as influências positivas mais importantes foram registradas por veículos automotores, reboques e carrocerias (2,7%) e outros produtos químicos (2,6%), com ambas apontando o segundo mês seguido de crescimento na produção e acumulando nesse período ganho de 7,8% e 4,2%, respectivamente. Outras contribuições positivas relevantes vieram dos ramos de produtos alimentícios (0,6%), de celulose, papel e produtos de papel (2,4%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (3,2%) e de produtos de borracha e de material plástico (2,1%)”, diz a nota do IBGE.
Na contramão, além da produção de equipamentos de informática e eletrônicos, “o desempenho de maior importância para a média global foi registrado por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,8%), interrompendo três meses consecutivos de expansão na produção, período em que acumulou ganho de 8,6%”, segundo o IBGE.
“Outros impactos negativos relevantes foram nos setores de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-5,8%) e de outros equipamentos de transporte (-8,7%). O primeiro eliminou o avanço de 3,5% verificado em janeiro de 2020; e o segundo manteve o comportamento negativo presente desde novembro de 2019 e acumulando nesse período redução de 17,0%”, diz a nota divulgada pelo IBGE.
Interanual
A queda de 0,4% registrada pela indústria em fevereiro ante fevereiro de 2019 foi decorrente de perdas na produção em 14 das 26 atividades pesquisadas, segundo o IBGE.
No total, 53,8% dos 805 produtos pesquisados pelo IBGE registraram queda na comparação com o ano passado. “Vale citar que fevereiro de 2020 (18 dias) teve dois dias úteis a menos do que igual mês do ano anterior (20)”, diz a nota divulgada do instituto.
A produção de veículos automotores, reboques e carrocerias (-9,3%) exerceu a maior influência negativa, por causa da fabricação de automóveis, informou o IBGE. A produção de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos, um dos primeiros ramos industriais a sofrer efeitos da pandemia do novo coronavírus, por causa de problemas na importação de componentes da China, registrou queda de 10,6% ante fevereiro de 2019.
Também recuaram os ramos de outros equipamentos de transporte (-22,6%), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-13,5%), de máquinas e equipamentos (-3,8%), de impressão e reprodução de gravações (-25,8%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-3,6%) e de produtos de minerais não-metálicos (-2,4%), disse o IBGE.
Na contramão, a principal influência positiva no total da indústria foi registrada por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (11,0%), “impulsionada, em grande medida, pela maior fabricação dos itens óleos combustíveis, naftas para petroquímica e óleo diesel”.
“Outros impactos positivos importantes foram assinalados pelos ramos de outros produtos químicos (3,4%), de bebidas (4,5%), de celulose, papel e produtos de papel (4,1%), de produtos do fumo (35,7%), de produtos de borracha e de material plástico (2,8%) e de metalurgia (1,2%)”, diz a nota do IBGE.
Por Vinicius Neder
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