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Oi registra prejuízo de R$ 8,7 bilhões em 2019

A operadora de telecomunicações Oi (OIBR3, OIBR4) anunciou na terça-feira (25), após o fechamento do mercado, os resultados referentes ao último trimestre do ano passado. Os resultados foram ruins e demonstram que a situação econômico-financeira da companhia segue se deteriorando.

O destaque positivo foi o avanço das operações de fibra ótica (FTTH), com receita dez vezes superior ao mesmo período de 2018, alcançando R$ 124 milhões. Porém, essas operações ainda representam uma parcela muito pequena da sua receita (2,5%).

Já o destaque negativo foi a queda de 2,8% na receita do segmento móvel, demonstrando a fragilidade da companhia no promissor mercado de serviços para telefonia móvel.

Os resultados vieram ruins, porém, analistas esperam impacto neutro das ações (OIBR3) no curto prazo. Como a companhia é obrigada a divulgar mensalmente um relatório de fluxo de caixa, boa parte das informações agora dispostas já estão “no preço”. Fora isso, o investidor em Oi conta com outros catalisadores para a empresa em paralelo aos números operacionais, como venda de ativos (unidade de negócio móvel).

A receita líquida no quarto trimestre de 2019 foi de R$ 4,9 bilhões, uma queda de 8,4% na comparação anual. No ano, a receita totalizou R$ 20,1 bilhões e a queda foi de 8,7% em relação a 2018.

Já o Ebitda recorrente alcançou R$ 1 bilhão, com queda de 19,1% em relação ao quarto trimestre de 2018. No acumulado de 2019, o Ebitda consolidado de rotina totalizou R$ 4,4 bilhões, queda de 23,7% em relação ao total de 2018.

Com isso, o prejuízo líquido ajustado foi de R$ 2,3 bilhões. O resultado é melhor que os R$ 3,3 bilhões de prejuízo do quarto trimestre de 2018, mas é explicado pelo reconhecimento de itens não recorrentes naquele período (contrato oneroso de fornecimento de capacidade de transmissão de telecomunicações em R$ 4,884 bilhões).

Por fim, o endividamento líquido da companhia encerrou o ano em R$ 16 bilhões, representando cerca de 3,6 vezes a sua capacidade de geração de caixa operacional (Ebitda).

Os catalisadores das ações da Oi são: sucesso na operação de fibra ótica e geração de caixa via venda de ativos para conseguir continuar realizando seus investimentos. Recentemente foi noticiada a possiblidade da venda integral ou parcial da sua unidade móvel para as concorrentes TIM e Vivo. Este é, sem dúvidas, o principal catalisador de curto prazo para a Oi.

Redação Mercado News

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