Após dois dias consecutivos de ganhos nos mercados de Ásia e Europa, com Bolsas fechando negociações em alta generalizada, os pregões desta quinta-feira, 26, voltam à realidade imposta pelas incertezas em relação ao novo coronavírus, causador da covid-19.
Nas últimas semanas, o “sobe e desce” dos índices dos mercados financeiros tem sido bem relevante, ficando nítido na Ásia, Europa e Américas. Na quarta-feira, 25, houve um certo otimismo generalizado, com todos os mercados reagindo positivamente ao acordo fechado entre o governo dos Estados Unidos, comandado por Donald Trump, e o Senado americano, acerca do maior pacote de estímulos da história da maior economia do país, de cerca de US$ 2 trilhões. Nem na crise de 2008 algo tão grande foi feito. Mesmo assim, esse otimismo não durou nem até a aprovação do pacote no Senado, que aconteceu na madrugada desta quinta. O projeto agora segue para a Câmara americana.
Na Ásia, as Bolsas fecharam em baixa, após acumularem ganhos nos dois pregões anteriores. Os mercados por lá estão à espera de novos dados do mercado de trabalho americano, que deverão evidenciar o forte impacto econômico da pandemia de coronavírus. O Nikkei, no Japão, liderou as perdas, com queda de 4,51% em Tóquio, a 18.664,60 pontos. Na sessão anterior, o índice japonês havia dado um salto de mais de 8%, o maior em 11 anos. Na China continental, o Xangai Composto recuou 0,60%, a 2.764,91 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,80%, a 1.701,15 pontos.Mais cedo, indicadores da Alemanha e do Reino Unido deixaram claro como a doença já está afetando a confiança e a atividade na Europa.
Em outras partes da Ásia, o sul-coreano Kospi teve queda de 1,09% em Seul hoje, a 1.686,24 pontos, e o Hang Seng caiu 0,74% em Hong Kong, a 23.352,34 pontos, mas o Taiex contrariou o tom negativo da região e subiu 0,95% em Taiwan, a 9.736,36 pontos. Na Oceania, a Bolsa australiana também ignorou o mau humor predominante na Ásia e se valorizou pela terceira sessão consecutiva. O S&P/ASX 200 avançou 2,30% em Sydney, a 5.113,30 pontos.
Na Europa, os índices do velho continente operam em baixa no começo dos negócios desta quinta-feira, após acumularem ganhos nos dois pregões anteriores em meio a estímulos fiscais planejados pelos EUA e Alemanha em reação ao novo coronavírus. A abertura negativa também vem na esteira de indicadores fracos da Alemanha e Reino Unido, que evidenciaram os efeitos adversos da pandemia. Às 5h12, no horário de Brasília, a Bolsa de Londres caía 2,64%, a de Frankfurt recuava 1,98% e a de Paris se desvalorizava 2,02%. Em Milão, Madri e Lisboa, as perdas eram de 1,34%, 2,08% e 0,54%, respectivamente.
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