Categories: Economia

Confiança da Construção cai 2,0 pontos em março, para 90,8, revela FGV

O Índice de Confiança da Construção (ICST) caiu 2,0 pontos em março, para 90,8 pontos, na série com ajuste sazonal, informou nesta quinta-feira, 26, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Apesar de duas quedas consecutivas, em fevereiro e neste mês, a média do indicador no primeiro trimestre de 2020 (92,6) é 2,7 pontos maior do que a média do quarto trimestre de 2019 (89,9).

A retração do ICST de março foi puxada pela queda das expectativas dos empresários para os próximos três e seis meses. O Índice de Expectativas (IE-CST) perdeu 3,5 pontos e caiu a 95,5 pontos, menor nível desde junho de 2019. Nas suas aberturas, o indicador de demanda prevista cedeu 3,6 pontos, para 96,1, e o de tendências dos negócios para os próximos seis meses recuou 3,5 pontos, para 94,8.

“A construção trabalha por ciclos prolongados, mas a disseminação da covid-19 muda o cenário. Em março, ainda não houve impacto expressivo nos negócios correntes, mas o Indicador de Expectativas já aponta a deterioração do cenário. O segmento de Serviços Especializados, formado por um conjunto grande de pequenos empreiteiros, certamente sentirá mais e já em março foi o que acusou o maior impacto nas expectativas”, disse, em nota, a coordenadora de Projetos da Construção do Ibre/FGV, Ana Maria Castelo.

O Índice de Situação Atual (ISA-CST) caiu 0,4 pontos, uma retração menor, mas que interrompeu a sequência de nove avanços consecutivos das últimas divulgações. O indicador caiu a 86,3 pontos. O dado é resultado de uma queda de 1,5 ponto no indicador de carteira de contratos, para 85,1, e de um aumento de 0,8 ponto para o indicador de situação atual dos negócios, para 87,7.

O Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) perdeu força pelo terceiro mês consecutivo, a 69,6%, dos 70,6% de fevereiro. É o menor nível desde setembro de 2019. A maior influência para o resultado foi a queda de 1,2 ponto porcentual no Nuci de Mão de Obra, já que o Nuci de Máquinas e Equipamentos avançou 0,8 ponto porcentual.

“A demanda permanece como o principal fator de limitação à melhoria dos negócios das empresas da construção, no entanto, nesta sondagem, surgiu a preocupação com o covid-19 entre os empresários da construção, no quesito Outros Fatores. Nos próximos meses, essa é uma questão que deverá ter impactos expressivos na atividade corrente e afetar também o movimento de retomada”, afirma Ana.

Por Cícero Cotrim

Estadão Conteúdo

Recent Posts

Programa Desenrola Brasil foi usado por 20% dos entrevistados, mostra pesquisa do Mercado Pago

Pesquisa realizada pelo Mercado Pago, banco digital do Mercado Livre, aponta que 20% de um…

3 horas ago

Alckmin diz estar confiante com votação do Mover amanhã e defende votação separada de taxação

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse…

5 horas ago

Alckmin comemora R$ 100,2 bi de investimento anunciado por siderúrgicas

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, comemorou…

5 horas ago

País precisa voltar a produzir carro para o povo brasileiro, não para americanos, diz Lula

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse nesta segunda-feira, 20, que o…

6 horas ago

Receita e PGFN lançam edital de transação para contratos de afretamento de plataformas

A Receita Federal e a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), lançaram nesta segunda-feira, 20, o…

6 horas ago

Municípios de SP aprovam contrato unificado em passo final para privatização da Sabesp

No 'último passo' para a privatização da Sabesp - como classificou o governador de São…

6 horas ago