O secretário de Vigilância Sanitária, Wanderson Oliveira, afirmou que o Brasil precisará produzir de 30 mil a 50 mil testes por dia durante o período de pico do novo coronavírus no Brasil. Atualmente, a capacidade do Brasil é de cerca de 7 mil testes por dia.
“A questão dos testes está em construção, para que a gente possa enfrentar o pico da epidemia temos que ter capacidade de 30 mil a 50 mil testes por dia, essa é a escala que temos que chegar. Não temos essa escala ainda, não temos isso agora, vamos chegar nas próximas semanas”, disse Wanderson.
O secretário disse que, além de conseguir mais máquinas e insumos para viabilizar testes, também é preciso ter equipamento de proteção e pessoas treinadas. Com a compra de novos testes, o Ministério da Saúde promete mais de 20 milhões de testes no total para o Brasil.
“É importante esclarecer que estamos buscando toda a disponibilidade de testes no mercado internacional. Neste momento, a Índia acabou de fazer um bloqueio por 21 dias de todo o seu território nacional. A China está com dificuldade de fornecimento de insumos. Fornecedores de máquinas não consegue, suprir o mercado internacional”, avaliou Wanderson.
Ele disse que o Ministério da Saúde mantém diálogo com o Ministério da Agricultura, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Polícia Federal para conseguir parceiros que emprestem máquinas para realização de testes no Brasil. “É um esforço hercúleo”, avaliou o secretário. Possivelmente será a maior pandemia do século. Esperamos que seja menos letal do que a pandemia de 1918″, disse.
Testes rápidos
Uma das estratégias do governo brasileiro é utilizar testes rápido para triagem de pacientes. Os testes, no entanto, ainda precisam ter sua eficácia analisada. “Nós estamos ainda monitorando essa primeira leva que vai chegar para compreender. O Brasil será o primeiro país a testar em escala esse teste rápido. Nós teremos aqui muitos olhares do mundo inteiro querendo entender como é a dinâmica desse teste e esperamos que saia exitoso”, declarou Wanderson.
Ele destacou que é um “teste de triagem, não é um teste de diagnóstico clínico”. Temos uma precisão quando ele é positivo e assintomático, mas sensibilidade é baixa nos primeiros dias da doença”, explicou.
O valor da aquisição dos novos testes ainda não foram informados. As compras serão feitas por meio de vários fornecedores.
Por Julia Lindner e André Borges
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