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Bolsa recupera perdas e fecha com alta superior a 9%; dólar cai, mas fica em R$ 5

(Foto: Divulgação)

Após somar seguidas perdas, a Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, intensificou os ganhos no início da tarde desta terça-feira, 24, e fechou com alta de 9,69%, aos 69.729,30 pontos. Já o dólar deu um leve sinal de recuo, mas continua valorizado. A moeda americana terminou o dia com baixa de 1,03%, cotada a R$ 5,0820.

O Ibovespa, principal índice brasileiro, iniciou bem as negociações desta terça, chegando a 8,88% de aceleração em poucos minutos de mercado, atingindo patamar acima de 69 mil pontos. Vale lembrar que na última segunda-feira, 23, a B3 fechou com queda superior a 5%, na casa dos 63.569,62 pontos. Na máxima do dia, o índice bateu nos 71 mil pontos, com crescimento superior a 12%.

Já o dólar abriu as negociações do dia cotado a R$ 5,0448 uma queda de 1,75% em relação ao fechamento do dia anterior. Isso acontece em meio a um ambiente de melhora no cenário exterior, com Bolsas de Ásia e Europa tendo altas expressivas nos índices de cada país. Apesar de alto, o valor pode ser considerado como positivo: o maior patamar que a moeda já atingiu em valor nominal, quando se desconta a inflação, foi de R$ 5,26.

Este “sobe e desce” da moeda é reflexo do que acontece com os mercados financeiros no mundo inteiro, que têm dias de perdas seguidos de pregões de recuperação, em meio às tensões em relação ao novo coronavírus. Como ainda não se sabe a totalidade dos efeitos da pandemia nas economias do mundo, a incerteza que o investidor tem neste momento é muito grande. O Fundo Monetário Internacional (FMI), por exemplo, espera uma crise “tão ruim ou pior” que a de 2008, quando a bolha imobiliária dos Estados Unidos gerou um “crash” nos mercados de todo o globo.

Contexto local
O cenário positivo da Bolsa brasileira ocorre simultaneamente com os bons resultados do mercado exterior. No entanto, o ânimo dos investidores do País se intensificou com as palavras do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que prometeu para a próxima quarta-feira, 25, a votação do Plano Mansueto. Em essência, o projeto visa socorrer Estados e municípios em meio ao caos causado pelo novo coronavírus. Ele ainda informou que o plano já pode ser fechado até a próxima sexta-feira, 27.

No exterior, o apetite por ativos, que embala também fortes ganhos nas bolsas internacionais, vem após as quedas dos PMIs industriais da Alemanha e Reino Unido menores que as previstas por analistas.

Bolsas do exterior
Na Ásia, reagindo a medidas de estímulos de bancos centrais e de governos e na expectativa para a possível aprovação de um pacote fiscal trilionário no Congresso dos EUA, a maior alta registrada foi na Coreia do Sul, com o índice Kospi (8,60%), seguida de Japão, com 7,13%, e Hong Kong e Taiwan, com desempenhos semelhantes, 4,46% e 4,45%, respectivamente. Na China, a aceleração foi de 2,34%, e, na Oceania, a Austrália registrou avanço de 4,15%.

Os resultados positivos também alcançaram a Europa. A Bolsa de Londres encerrou o dia com forte alta de 9,05% e em Frankfurt, os ganhos foram de 10,98%. Em Paris, a Bolsa avançou 8,39%, enquanto em Madri, os ganhos foram de 7,82%. Em em Lisboa, a alta foi de 7,82%. Até mesmo a Bolsa da Itália registrou alta de 8,93%. No caso do mercado italiano, o bom humor é um sinal de boas notícias: pela primeira vez, o país registrou uma diminuição no número de novos casos de coronavírus./ SILVANA ROCHA, MARCELA GUIMARÃES E FELIPE SIQUEIRA

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