Economia

Dólar abre negociações em alta; Bolsas de Ásia e Europa despencam

O dólar abriu as negociações desta segunda-feira, 23, com uma alta de cerca de 1%, em meio ao cenário caótico dos mercados financeiros ao redor do mundo. A cotação iniciou o dia a R$ 5,08. Na semana passada, a moeda americana se manteve de forma firme acima de R$ 5, fechando a sexta-feira, 20, a R$ 5,02.

Lá fora, as Bolsas de Ásia e Europa, após terem tido uma boa recuperação na sexta-feira, 20, despencam nesta segunda-feira, 23. Tode este cenário se dá por conta das incertezas em relação ao novo coronavírus, causador da Covid-19, nas economias globais., à medida que governos fecham suas fronteiras, restringem comércios e reduzem a circulação de pessoas para tentar conter a disseminação.

Como ainda não se sabe até onde essas consequências vão, os investidores estão com grau de insegurança muito grande. Além disso, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tenta passar no Senado americando medida que deve injetar cerca de US$ 1,5 trilhão na economia, mas, na noite de domingo, 22, não houve acordo. São necessários 60 votos favoráveis, mas a discussão ficou no empate, 47 a 47.

Com este cenário, as Bolsas da Ásia fecharam em queda generalizada. A única exceção foi o Japão, que não teve negociações sexa-feira, 20. Para se ter uma ideia do tombo, o índice da Coreia do Sul, o Kospi, chegou a paralisar as negociações no pregão, acionando seu “circuit breaker”. Já na Europa, os índices também despencam, com quedas superiores a 4%. Os motivos também são as incertezas nas economias mundiais.

No Brasil, ainda há fatores locais, que devem impactar nos ajustes dos ativos financeiros. Os principais itens são: ambiente político-fiscal frágil, o IPCA-15 e o Relatório Trimestral de Inflação, além da ata do Copom, com decisão sobre redução da Selic, a 3,75%. Colocando mais ingredientes no cenário político-econômico, o presidente Jair Bolsonaro, na noite de domingo, publicada em versão extra do Diário Oficial da União (D.O.U.), editou Medida Provisória que permite que contratos de trabalho e salários sejam suspensos por até quatro meses durante o período esse período de calamidade, que vai até o dia 31 de dezembro deste ano. / SILVANA ROCHA, LUCIANA XAVIER E FELIPE SIQUEIRA

Estadão Conteúdo

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