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Bolsas de NY fecham em queda com impasse no Senado dos EUA sobre pacote

As bolsas de Nova York tiveram mais um dia de fortes perdas, em meio ao impasse no Senado norte-americano em relação ao pacote de quase US$ 2 trilhões em estímulos fiscais para lidar com os impactos do coronavírus na economia. Nem a nova rodada de medidas do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos) para aplacar estresses de liquidez ajudou a aliviar o mau humor nos mercados.

O índice Dow Jones fechou em queda de 3,04%, em 18.591,3 pontos, o S&P 500 teve baixa de 2,93%, a 2.237,40 pontos e o Nasdaq recuou 0,27%, a 6.860,67 pontos.

A semana começou com renovadas preocupações entre investidores acerca da resposta do governo americano ao coronavírus, cujo número de casos já passou de 300 mil no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), chegou a quase todos os países. Por conta de divergências entre democratas e republicanos, o Senado não aprovou o pacote fiscal de US$ 1,6 trilhões para amortecer os efeitos do vírus.

O secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, disse que continuará as negociações com as lideranças democratas no Congresso, mas, para o Wells Fargo, a economia corre contra o tempo. “A cada dia, o prejuízo econômico cresce, incertezas sobre política econômica aumentam e a eficácia do projeto diminui”, analisa a instituição, em relatório enviado a clientes.

Pela manhã, os índices acionários chegaram a ter um leve respiro, depois que o Fed anunciou que compraria Treasuries e títulos lastreados em hipoteca a volumes ilimitados. No entanto, a volatilidade marcou o restante do pregão, com a falta de perspectivas na área fiscal.

“Ainda que muitos argumentem que o plano de Trump favoreça empresas em detrimento de cidadãos, a realidade é que vários governos ao redor do mundo estão tomando medidas fiscais e monetárias mais agressivas para estabilizar os mercados”, avalia a BK Asset Management.

Entre as ações especificas, os bancos voltaram a registrar fortes perdas, com o JPMorgan caindo 5,35%, o Morgan Stanley cedendo 6,27% e o Bank of America recuando 8,09%.

Por outro lado, o papel da Boeing contrariou o tom negativo dos mercados teve forte avanço, de 11,17%, após o Goldman Sachs elevar sua recomendação de “neutra” para “compra”.

Por André Marinho

Estadão Conteúdo

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