Ao participar da teleconferência do G-20 nesta segunda-feira, 23, o presidente do Banco Mundial, David Malpass, informou que a instituição poderá alocar até US$ 150 bilhões ao longo dos próximos 15 meses para o combate ao coronavírus e a seus efeitos econômicos. “Nossa principal meta é fornecer rápido apoio durante a crise, de acordo com as necessidades dos países. É vital que se encurte o tempo para a recuperação e que se crie confiança de que ela será forte”, disse, segundo comunicado divulgado pela instituição.
Malpass afirmou que o Banco Mundial e a Corporação Internacional de Finanças (IFC, na sigla em inglês) aprovaram um pacote de US$ 14 bilhões para responder aos impactos da pandemia. Desse valor, US$ 8 bilhões serão disponibilizados rapidamente para apoiar companhias privadas, ainda de acordo com o executivo.
O presidente do órgão internacional revelou ainda que a Associação Internacional de Desenvolvimento (AID) e o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird), ambos sob o guarda-chuva do Banco Mundial, destinarão US$ 6 bilhões a sistemas de saúde, no curto prazo. “Estamos atualmente reestruturando projetos em 23 países”, disse, acrescentando que novos projetos estão sendo discutidos em 49 países, entre os quais 16 devem ser decididos já esta semana.
Diante do iminente cenário de “forte recessão”, Malpass exortou os países a realizarem reformas estruturais para garantir rápida recuperação. “Os países precisam agir rapidamente para aumentar gastos de saúde, fortalecer programas sociais, apoiar o setor privado e responder a turbulências no mercado financeiros”, instou.
O executivo americano também pediu aos credores de economias mais pobres que os ajudem com alívios das dívidas e que os permitam suspender os pagamentos, “até que o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional avaliem suas necessidades de reconstrução e financiamento”. “Essa crise deve atingir de forma mais forte os países mais pobres e vulneráveis”, acredita.
Sobre o impacto da pandemia na cadeia produtiva global, Malpass revelou estar em contato com China e outros países para obter ajuda na oferta de bens intermediários e se disse grato “às respostas positivas até então”.
Por André Marinho
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