Para reforçar as equipes de profissionais de saúde no combate ao novo coronavírus, o governo federal quer a antecipação de formaturas dos estudantes que estão na etapa final da formação em medicina. Uma medida semelhante foi adotada na Itália, onde a doença já levou mais de 4,8 mil pessoas à morte até o último sábado.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, falou sobre a estratégia neste domingo, 22, em reunião com prefeitos de capitais, feitas por videoconferência.
“Vamos antecipar agora os meninos do sexto ano que faltam um ou dois meses para se formarem. Vamos acelerar. Esses meninos são jovens. Não têm experiência, mas podem fazer uma parte do atendimento. Têm 7,3 mil horas de capacitação. Façam uma imersão para eles”, orientou o ministro.
A ideia não é lançar os formandos em etapas críticas de atendimento, como nos centros de terapia intensiva, mas alocá-los em algum processo de maneira que se permita o melhor aproveitamento de outros profissionais.
O ministro também deu orientações aos prefeitos sobre o que fazer com profissionais do sistema público de saúde com mais de 60 anos. A recomendação é não afastá-los, mas direcioná-los para alguma atividade que não demande o contato direto com pacientes com suspeitas de coronavírus.
“Vocês têm inúmeras possibilitadas. Não pensem no médico somente como o indivíduo que vai ficar na frente sofrendo doença e caindo morto. Não existe médico que não possa se chamado”, afirmou.
Por Vinícius Valfré
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