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Municípios do RJ montam barreiras e fecham entradas contra coronavírus

Municípios fluminenses montaram barreiras e fecharam entradas neste sábado, 21, numa tentativa de reduzir a circulação de pessoas e a disseminação do coronavírus. As ações ocorreram em meio à uma disputa entre o governo federal e governos regionais sobre medidas de Estados e municípios para tentar restringir a circulação de pessoas e bens.

O governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), determinou esta semana em decreto a suspensão de transporte interestadual e aéreo de passageiros, afetando a ligação com alguns estados e voos internacionais. O governo federal rebateu informando que o fechamento de aeroportos ou a suspensão do transporte nas estradas só podem determinados pela União.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal, policiais militares realizavam interdições parciais nos acessos à ponte Rio-Niterói neste sábado para impedir o tráfego de táxis, vans, Uber e ônibus com destino ao Rio de Janeiro. Eram liberados apenas os táxis que operam no município do Rio. Pela manhã, a Polícia Militar também realizava bloqueio na Avenida Brasil, no bairro do Caju, na descida da ponte.

No município de Rio Bonito, a prefeitura montou bloqueios nos acessos à rodovia BR-101, mas foram removidos à tarde por agentes da polícia rodoviária federal com apoio de um trator da concessionária que opera no local.

Em Silva Jardim, na altura do quilômetro 239 da BR-101, uma equipe da prefeitura bloqueava a entrada da cidade com um veículo e cones.

Em Volta Redonda, a guarda municipal fazia operação de fiscalização para restringir a entrada de coletivos na cidade.

Na região serrana, o prefeito de Teresópolis, Vinicius Claussen, determinou o fechamento de todas as entradas da cidade, permitindo apenas a circulação de profissionais de saúde, agentes da força de segurança, trabalhadores de concessionárias e equipes de logística.

“Fecharemos também todo o comércio, bares, restaurantes, hotéis, onde só estarão permitidos funcionamento de mercados, farmácias, postos de gasolina e depósitos de gás”, disse Claussen em vídeo publicado nas redes sociais. “De acordo com orientações do secretário estadual de saúde (Edmar Santos), com essa parada urgente, conseguiremos em 15 dias diminuir o avanço do contágio e aí sim ter o nosso sistema de saúde a capacidade de manter os casos, cuidar das pessoas e salvar vidas”, completou.

Por Daniela Amorim

Estadão Conteúdo

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