O Ministério da Saúde informou na tarde desta quinta-feira, 19, que o Brasil tem 621 casos confirmados do novo coronavírus e 6 mortes em todo o País. O número de infectados divulgado pelo governo saltou 45% em um intervalo de um dia – na quarta, eram 428 pessoas infectadas pelo coronavírus em todo o País.
De acordo com a pasta, o Brasil tem “transmissão sustentada” da doença em ao menos 7 Estados. Essa transmissão foi identificada nos Estados de São Paulo e Pernambuco; no sul de Santa Catarina (região de Tubarão) e em três capitais: Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. A transmissão comunitária se dá quando não é mais possível saber quem passou o vírus para quem.
O Estado de São Paulo registra o maior número de casos confirmados de infecções (286), seguido pelo Rio de Janeiro (65), Distrito Federal (42), Bahia (30), Minas Gerais (29), e Pernambuco e Rio Grande do Sul (28). Sobre o número de mortes, o governo confirma seis delas: quatro em São Paulo e duas no Rio de Janeiro.
“O Brasil vai trabalhar com os números verdadeiros, aqui vai ser bem científico”, disse o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, ao divulgar os números atualizados.
O ministro da Saúde destacou a avaliação diária do avanço do coronavírus, o caráter nacional da doença no País. “Vocês viram o aumento da transmissão sustentada (no Brasil). À exceção da região Amazônica, todas as outras regiões têm aumentos sistemáticos em blocos”, disse o ministro. “Cenário da covid-19 no Brasil tem caráter mais nacional do que regional e se (a doença) levantar toda em bloco vai ser muito mais difícil de monitorar”.
Mandetta explicou, no entanto, que a característica do novo coronavírus no País não é, ao menos por enquanto, de alta letalidade individual. Em São Paulo, por exemplo, onde foram registradas os primeiros óbitos, a taxa é de 1%. Ele explicou ainda que 98% dos infectados “vão bem” e outros 2% são muito graves.
O ministro alertou que “para cada um dos confirmados deve ter um número de não confirmados” e que os registros atuais são só ponta do iceberg”, o que justifica a necessidade de “se fazer travas”, com restrições já adotadas. “Estamos no pé da montanha. Como o vírus tem 14 dias, o que fizemos 14 dias atrás é o que reflete”, completou ele, numa referência ao período máximo de incubação do novo coronavírus.
Por Julia Lindner
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