Categories: Economia

Governo vai lançar renegociação de dívida de contribuintes com a União

O governo deve lançar uma renegociação de débitos de contribuintes, empresas ou pessoas físicas, inscritos em dívida ativa da União, concedendo um alívio de 90 dias no pagamento das parcelas, segundo apurou o Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

O conjunto de medidas, que recebeu do aval do ministro da Economia, Paulo Guedes, também inclui a suspensão por três meses de qualquer exclusão de contribuintes de parcelamentos já vigentes por falta de pagamento. Ela precisa ser convertida em lei até 25 de março para continuar valendo – do contrário, o governo precisará suspender o programa. O texto, porém, está na pauta da Câmara dos Deputados de hoje.

De acordo com uma fonte que participa das discussões, a ideia é que os contribuintes paguem a parcela de adesão, equivalente a 1% da dívida negociada, e fiquem 90 dias sem precisar quitar as novas parcelas – o chamado “diferimento tributário”. O valor de entrada precisa ser pago para confirmar a adesão, mas as condições também serão facilitadas: o contribuinte poderá parcelar em até três vezes.

As parcelas que deixarem de ser quitadas nos três meses de diferimento precisarão ser regularizadas ainda em 2020. O parcelamento tem prazo máximo de 84 meses (sete anos), ou até 100 meses (mais de oito anos) no caso de pessoas jurídicas, microempresas ou empresas de pequeno porte.

Segundo a fonte, o novo programa vai permitir um “alívio imediato” aos contribuintes. Além disso, nada impede que, posteriormente, seja solicitada uma renegociação individual, quando o contribuinte poderá pleitear condições ainda mais vantajosas, até com descontos no valor total do débito.

Essa modalidade, com descontos, é considerada mais difícil de se conceder neste momento porque requer uma análise pormenorizada da situação da empresa, e não há tempo hábil para isso num momento em que a aprovação da MP ainda é incerta.

Caso o Congresso aprove a MP, a medida permitirá a manutenção de uma expectativa de receita de R$ 6 bilhões ainda este ano com os parcelamentos, algo considerado importante num momento em que o governo precisará elevar gastos para fazer frente ao avanço do novo coronavírus no País.

O governo também vai suspender por 90 dias os prazos processuais de defesa dos contribuintes nos procedimentos de cobrança, a instauração de novos processos de responsabilização de terceiros, o protesto de certidões da dívida ativa em cartórios e a exclusão de contribuintes em atraso nos parcelamentos vigentes.

Por Idiana Tomazelli

Estadão Conteúdo

Recent Posts

Vale: Esperamos chegar a um acordo final no processo de mediação em outubro

Em resposta a comentários do ministro Alexandre Silveira, das Minas e Energia, a Vale afirmou,…

11 horas ago

BNDES aprova crédito de R$ 58 Mi a TW Transportes para reconstrução de armazém no RS

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou crédito emergencial, na modalidade investimento…

11 horas ago

BC informa ocorrência de incidente de segurança com chaves Pix sob guarda da SHPP Brasil/Shopee

O Banco Central informou nesta quinta-feira, 19, a ocorrência de incidente de segurança com dados…

12 horas ago

Lula sanciona lei que cria política nacional de incentivo ao cultivo de coco

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou nesta quinta-feira, 19, a Lei…

14 horas ago

Governo contrata projeto para trecho da Transnordestina; é o 1º investimento do tipo em 14 anos

A Infra S.A., empresa pública vinculada ao Ministério dos Transportes, assinou contrato com o Consórcio…

14 horas ago

iFood lança portal de dados e diz que entregadores trabalham 31,1 horas mensais pelo app

A empresa de delivery de comida e mercado iFood declarou que houve uma redução na…

14 horas ago