O dólar se fortaleceu ante outras moedas fortes nesta quarta-feira e o índice DXY superou os 100 pontos, com os investidores em busca de segurança e liquidez, em meio ao avanço da pandemia de coronavírus.
No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 108,08 ienes, o euro recuava a US$ 1,0891 e a libra caía a US$ 1,1564. Na mesma marcação, o índice DXY, que mede o dólar ante outras moedas principais, subia 1,37%, a 100,938 pontos.
“Tudo o que poderia ser vendido em relação ao dólar foi vendido”, comenta o analista de câmbio Chris Turner, do banco holandês ING. “Os movimentos cheiram a uma desalavancagem maciça e uma corrida ao dólar”, acrescenta.
Nesta quarta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que já são mais de 200 mil infectados por coronavírus no mundo e mais de 8 mil mortes decorrentes da doença globalmente.
Para o analista sênior de mercado Joe Manimbo, do banco americano Western Union, “as preocupações com a limitação do crescimento global do coronavírus estão superando as propostas de formuladores de políticas para limitar o custo econômico”.
“Há apenas uma explicação para a recuperação do dólar, que é o retorno de seu status de ativo de refúgio, mas é improvável que isso dure porque o pior ainda está por vir para os Estados Unidos”, avalia Kathy Lien, diretora de estratégia de câmbio do BK Asset Management.
A libra, por sua vez, atingiu o menor nível ante o dólar desde 1985. Segundo Manimbo, do Western Union, isso ocorreu devido a uma série de fatores, com o aumento da demanda pela liquidez do dólar e expectativas de que o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) possa anunciar novas medidas, como um programa de relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês).
No final da tarde em Nova York, o dólar subia também a 1,4491 dólares canadenses, após o governo do país ter anunciado um pacote fiscal para ações contra o coronavírus.
Ante outras moedas emergentes e ligadas a commodities, o dólar subia a 23,9289 pesos mexicanos, a 17,2104 rands sul-africanos e a 63,2782 pesos argentinos, no fim da tarde em Nova York. Hoje, o risco país da Argentina superou os quatro mil pontos, no maior nível desde 2005.
Por Iander Porcella
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