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Taxas têm nova rodada de alívio com Copom e melhora do apetite externo

Os juros futuros tiveram nova rodada de alívio de prêmios nesta terça-feira, 17, véspera da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a Selic, embalados não somente por apostas mais agressivas num corte da taxa básica amanhã, mas também pela melhora do apetite pelo risco no exterior. A ampliação de medidas por parte de governos nos Estados Unidos e na Europa para evitar o colapso da economia mundial em função da pandemia do coronavírus levou os juros longos a caírem um pouco mais do que os curtos e, com isso, a curva perdeu um pouco da inclinação.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 fechou em 3,600%, de 3,849% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2022 caiu de 4,922% para 4,45%. O DI para janeiro de 2027 encerrou a sessão regular com taxa de 7,38%, de 7,802%.

Na curva a termo, as apostas de corte para a Selic no Copom de amanhã evoluíram entre ontem e hoje, com a curva agora precificando 80% de possibilidade de queda da 0,50 ponto porcentual e 20% de chance de redução de 0,75 ponto. Ontem, a precificação era de 100% de chance de queda de 0,5 ponto. Os números foram fornecidos pelo Haitong Banco de Investimentos.

Com expectativa de redução da Selic para 3,75% amanhã, Patricia Pereira, gestora de renda fixa da MAG Investimentos, afirma que, embora alguns analistas argumentem que um corte da taxa é ineficaz no combate aos efeitos da crise, “é o movimento que todos estão fazendo” e que não faz sentido o Brasil ir na contramão do mundo. Segundo Patricia, dada a melhora no apetite por risco nos ativos globais nesta terça-feira, a percepção de que o Copom poderia realizar uma reunião extraordinária para afrouxar a Selic esfriou.

No grupo das apostas mais ousadas, a Itaú Asset Management espera um corte de 1 ponto porcentual, avaliando que tal magnitude parece ser o mínimo que se pode fazer diante da incerteza atual. A instituição reconhece que, até o momento, os mercados financeiros têm reagido mal às decisões dos bancos centrais, mas diz que esse efeito é de segunda ordem em meio à tentativa de evitar o colapso econômico.

Por Denise Abarca

Estadão Conteúdo

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