Com demanda crescente por testes de coronavírus, o Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, limitou nesta segunda-feira a realização do exame apenas para pacientes com sintomas e que tenham indicação de ser testadas feita por profissionais do pronto-atendimento da unidade.
A partir de agora, portanto, não serão mais realizados testes em pacientes que vão ao hospital com pedidos feitos por médicos particulares nem em pessoas sem sintomas da doença. Também foram interrompidas as coletas domiciliares. As principais manifestações da covid-19 são febre, tosse e coriza.
De acordo com o hospital, a decisão foi tomada para garantir o abastecimento do teste para os pacientes que realmente precisam e estão em um grupo de maior risco.
Até agora, todos os pacientes que procuravam o Einstein podiam realizar o exame, mesmo sem sintomas. Dessa forma, muitas pessoas que haviam retornado do exterior estavam buscando o pronto-atendimento apenas para passar pelo exame e descartar a infecção, conduta que não é recomendada nem pelo hospital nem pelo Ministério da Saúde.
Com a alta demanda nos últimos dias, o número diário de testes realizados diariamente cresceu exponencialmente em uma semana. No dia 9 de março, eram pouco mais de 200 exames por dia. Agora, são cerca de 1,5 testes diariamente.
Desde que começou a oferecer o teste para o coronavírus, o Einstein já realizou mais de 7 mil exames, de acordo com a assessoria da entidade. Destes, cerca de metade já teve o resultado divulgado.
Na sexta-feira, o hospital decidiu parar de divulgar o balanço de quantos casos foram confirmados entre todos os realizados. Só até quinta-feira, já eram 98 testes positivos no hospital. O primeiro caso brasileiro de coronavírus foi um dos diagnosticados no Einstein. A detecção ocorreu em um empresário de 61 anos, morador de São Paulo, que havia viajado à Itália.
Na sexta-feira, o centro de contingência do coronavírus do governo do Estado de São Paulo anunciou que o primeiro infectado pelo vírus no Brasil, que estava internado no Albert Einstein, havia se curado e recebido alta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Por Fabiana Cambicoli
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