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Aeroportos sofrem com queda sensível de movimento

Passageiros de máscara, lojas e cafés vazios, embarque e check-in sem filas, aglomerações apenas em áreas destinadas à reclamações ou remarcações de voo. Esse era o clima nos aeroportos de Congonhas e Cumbica na tarde de segunda-feira, 16 – após a nova série de medidas impostas por conta do coronavírus pelos governos estaduais e municipais.

A aviação tem sido um dos setores mais afetados pela pandemia. Países têm fechado fronteiras, voos estão sendo cancelados e companhia aéreas deixam de voar para alguns destinos.

Em Congonhas, em São Paulo, o tradicional trânsito de carros de aplicativo e taxistas quase não existe mais. Motoristas de aplicativo dizem que não está valendo esperar por passageiros. Os taxistas, que já vinham enfrentando queda na demanda por corridas, afirmam que “o que era ruim está ainda pior”.

Ao chegar no saguão de Congonhas, chama atenção a quantidade de pessoas usando máscaras. Ao menos as ouvidas pela reportagem garantiram não ter sintomas, mas usam máscara por “medida de segurança”.

A arquiteta Valesca Serafim, 29 anos, decidiu se precaver, embora não tenha tido, até o momento, nenhum sintoma. “Participei de um congresso com muita gente. Embora não tenha sintomas, não posso garantir que não tenha sido infectada por alguém naquele ambiente. Então, acho melhor usar a máscara para evitar prejudicar alguém”, contou.

O embarque e os check-ins não tinham fila. Já os balcões reservados para remarcações s eram focos de aglomeração. A reportagem esteve em Congonhas por volta das 16h30, quando foram cancelados voos para o Rio, Porto Alegre e Londrina.

Na farmácia, nem sinal de álcool em gel ou máscaras. Segundo o farmacêutico, os produtos, repostos todos os dias, estão acabando logo pela manhã.

Cumbica

Em Cumbica, o cenário é o mesmo. O aeroporto está sensivelmente mais vazio. O baixo movimento se reflete na maioria das lojas e cafés. O mesmo ocorre nos locais de embarque, desembarque e check-ins.

É possível ver famílias inteiras usando máscara. A reportagem conversou com um empacotador de malas que trabalha no terminal 2. Ele estava de máscara. “Não é por mim. Mas a minha família tem medo. Acreditam que por eu trabalhar no aeroporto estou mais exposto. Hoje é o meu primeiro dia com a máscara. Não sei se vou aguentar”, disse Vítor Viana, 22 anos.

No desembarque internacional, dois tipos de cena. Famílias que se abraçavam como se não existisse o coronavírus e pessoas que, apenas se cumprimentavam com os cotovelos – não raro com todos com máscaras. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Por Gilberto Amendola

Estadão Conteúdo

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