Apesar da recomendação da Orientação Mundial da Saúde (OMS) para que os países ampliem os testes em pacientes com sintoma de coronavírus, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, avalia que é mais assertivo investir em medidas de contenção da doença.
“Estamos discutindo isso ainda. Não estamos convencidos de que fazer a testagem de 100%… Mesmo porque você teria um gasto enorme e, talvez, o gasto não mais inteligente. Talvez o gasto mais inteligente seja de contenção e por nexo clínico”, defendeu Mandetta.
Segundo ele, ao identificar o quadro clínico típico da covid-19 não é mais preciso fazer o exame em todos para constatar quem está com a doença.
“É igual falar assim, no começo passa um bicho e eu não sei o que é, vou lá e colho, faço um DNA e falo que é um gato. Depois que passarem mil gatos, eu falo ‘ele tem corpo de gato, rabo de gato, faz miau e tem bigode’, eu presumo que é um gato, posso dizer que passou um gato e não preciso de teste de DNA”, disse.
O ministro falou com jornalistas após uma reunião no Supremo Tribunal Federal (STF) com os chefes do Legislativo e do Judiciário para falar sobre as medidas de contenção do novo coronavírus no Brasil. Também estavam presentes o procurador-geral da República, Augusto Aras, e o advogado-geral da União, André Mendonça.
Por Julia Lindner
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