Economia

Coronavírus esvazia Av. Faria Lima em plena segunda-feira, em SP

SÃO PAULO – “Hoje até atravessei a Faria Lima com o semáforo aberto (para carros)”, conta a advogada Débora Fernandes, de 33 anos. Um dos principais centros financeiros do País, a avenida tem uma segunda-feira esvaziada, sem o engarrafamento e as calçadas cheias de pessoas de outros dias úteis.

O principal motivo é o aumento de casos confirmados do novo coronavírus no País, inclusive entre pessoas que trabalham na via, o que levou parte das empresas a adotar o home office por tempo indeterminado. Com isso, o impacto noa circulação de veículos era visível. Segundo dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), o trânsito esteve abaixo da média na cidade durante todo o dia.

A advogada Débora Fernandes relata, por exemplo, ter levado 20 minutos nesta segunda-feira, 16, para fazer um trajeto que geralmente leva pouco mais de uma hora. “Nossa empresa forneceu álcool gel e um médico fez exame em todo mundo”, relata.

No horário de almoço, um dos momentos que a avenida costuma ficar mais cheia, o esvaziamento era mais evidente. “Meio-dia, o pessoal começa a sair dos prédios. Fica quase todo mundo tropeçando um no outro. Na sexta-feira, a gente já sentiu a diferença”, conta a recepcionista Maria Lima, de 42 anos, que trabalha em um restaurante da região.

A procura por álcool gel também é frequente. “Virou o produto mais cobiçado do momento”, descreve Maria Nilvanda Souza, de 44 anos, proprietária de uma loja de cosméticos em uma travessa da Faria Lima. “Ligaram até pedindo caixa fechada de máscaras, que eu nunca tive para vender.”

A empresária recebeu 16 novas unidades de álcool gel na quinta-feira, que se esgotaram em duas compras no mesmo dia. Mesmo sem estoque, trabalhadores do entorno continuam perguntando sobre o reabastecimento. “Me prometeram (fornecer mais do produto) até segunda, agora falaram que pode chegar na quarta.”

Como em outros dias, a contadora Priscila Lemos, de 46 anos, saiu com o celular e a carteira em mãos. Dessa vez, contudo, carregava mais um item: uma pequena embalagem de álcool gel. Além disso, ela e a também contadora Maria Cecília Rodrigues, de 39 anos, foram almoçar meia hora mais cedo, “para evitar aglomerações”. “O restaurante está bem mais vazio que o normal.”

Estadão Conteúdo

Recent Posts

Galeazzi confirma morte de Luiz Claudio e afirma que aeronave estava regular

A consultoria Galeazzi & Associados confirmou em nota a morte do CEO da empresa, Luiz…

5 horas ago

Empresário Luiz Galeazzi, mulher e filhas morrem em queda de avião em Gramado

O empresário Luiz Claudio Galeazzi e sua família morreram na queda do avião que caiu…

6 horas ago

Procuradoria defende manutenção da prisão do general Braga Netto

A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou contra um pedido de revogação da prisão preventiva…

13 horas ago

Acidente em Minas deixa 39 mortos

Um acidente no sábado entre um carro, um ônibus e uma carreta deixou 39 mortos…

13 horas ago

Com sete leilões no ano, concessões de rodovias tem melhor marca desde 2007

O governo federal realizou na última quinta-feira, 19, o último leilão rodoviário de 2024. Com…

15 horas ago

Árvore cai sobre carro no bairro Higienópolis; capital teve 70 quedas de árvores

Uma árvore frondosa caiu sobre um carro, no fim da tarde deste sábado, 21, na…

24 horas ago