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Indústria opera 17,1% abaixo do pico de produção visto em maio de 2011, diz IBGE

A alta de 0,9% registrada pela indústria em janeiro ante dezembro diminuiu a distância entre o patamar de produção atual e o ponto mais elevado já registrado na série histórica da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em janeiro, o patamar de produção estava 17,1% menor que o auge alcançado em maio de 2011.

“A indústria opera em patamar semelhante a janeiro e fevereiro de 2009, mesmo com aquela melhora que o setor industrial apresentou em agosto, setembro e outubro”, lembrou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE.

No mês de janeiro, a fabricação de bens de capital estava 35,5% abaixo do pico de produção registrado em setembro de 2013, enquanto os bens de consumo duráveis operavam 26,5% aquém do ápice de produção visto em junho de 2013.

Já os bens intermediários estavam 16,6% abaixo do pico visto em maio de 2011, e os bens de consumo semi e não duráveis operavam 10,8% aquém do auge registrado em junho de 2013.

Ramos no confronto interanual

A queda de 0,9% registrada pela indústria em janeiro de 2020 ante janeiro de 2019 foi decorrente de perdas na produção em 13 das 26 atividades pesquisadas, segundo o IBGE.

“Janeiro desse ano não tem efeito calendário (em relação a janeiro de 2019), e o setor industrial recua sobre algo que tinha recuado”, ressaltou André Macedo.

Em janeiro de 2019, a produção tinha encolhido 2,0% ante janeiro de 2018, lembrou Macedo. Em janeiro deste ano, houve o mesmo número de dias úteis que em janeiro de 2019. Entre as atividades, a queda de 15,0% na produção das indústrias extrativas exerceu a influência negativa mais intensa sobre a média global, puxada pela menor extração de minério de ferro.

Outras contribuições negativas relevantes foram de impressão e reprodução de gravações (-32,1%), metalurgia (-2,8%), outros produtos químicos (-2,5%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-10,0%), perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-5,3%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-0,8%), produtos de metal (-2,2%) e outros equipamentos de transporte (-5,2%).

“Tirando o resultado da margem, que avança 0,9% (em janeiro ante dezembro) em cima de uma comparação mais baixa (as perdas de novembro e dezembro), os demais resultados estão com desempenho negativo”, frisou Macedo.

Difusão

O índice de difusão da indústria – que mostra o porcentual de produtos com crescimento na produção em relação ao mesmo mês do ano anterior – passou de 49,4% em dezembro para 50,3% em janeiro.

Por Daniela Amorim

Estadão Conteúdo

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