Economia

Bolsas em alta após queda de segunda e dólar a R$ 4,65

Os mercados internacionais começaram o dia com suas bolsas em alta, com boas expectativas pelo anúncio de medidas fiscais nos Estados Unidos e no Japão. Em suma, as medidas servirão para conter os efeitos do coronavírus sobre a economia. No Brasil, a B3 chegou a subir mais de 4%. O dólar mantém queda e baixou para o nível de R$ 4,65.

Bolsas em alta mundo afora

Os papéis de empresas brasileiras negociados na Nasdaq, em Nova York, acompanham o movimento de recuperação visto nas bolsas americanas. A ação da XP Inc salta 12,39%, enquanto que a da PagSeguro tem alta de 11,04%. Ademais, os papéis da Stone sobem 10,75%. A Nasdaq tem alta de 2,11%, aos 8.118 pontos. Alexandre Soares, operador da BGC Liquidez, afirma que as três ações seguem o movimento do restante do mercado, sem notícias específicas.

No caso da XP, o relatório de uma empresa que apontou problemas na contabilidade da corretora e provocou estresse nos papéis na sexta-feira (6) hoje está em segundo plano. Além disso, segundo o mesmo relatório: “Lá fora esse tipo de coisa é comum para tentar baixar o valor da ação, mas essa história não está no radar hoje.”

À tarde começaram a pesar os sinais de que o estímulo prometido por Donald Trump para empresas do setor aéreo, indústria do turismo e áreas afetadas pelas restrições em torno da doença não virá tão rápido.

Trump criticou o Federal Reserve (Fed, o banco central americano), mas não deu detalhas de suas propostas, o que teria contribuído para um aumento de nervosismo nas Bolsas.

O Ibovespa seguia em alta de 4,17%, na comparação com o registrado na segunda-feira (86.067,20 pontos), às 14h38, aos 89.654,93 pontos. Na segunda, a Bolsa brasileira fechou com queda de 12,17%, na maior baixa desde 1998.

Além disso, os ganhos não eram generalizados na carteira do índice à vista. Ambev ON era destaque de baixa (-5,11%).

Os sinais de que o pior do surto de coronavírus na China passou contribui para sustentar um pouco os mercados internacionais. Na Europa, há queda em Milão, que cedia mais de 2% no início da tarde.

O governo italiano estendeu suas medidas de quarentena para o país inteiro, o maior centro da epidemia fora da Ásia. Assim, na segunda, decidiu colocar todo o seu território em quarentena até 3 de abril. Ademais, a vice-ministra de Economia e Finanças do país anunciou a suspensão dos pagamentos de impostos, hipotecas e contribuições em meio ao avanço do novo vírus na Itália.

Dólar em queda

O dólar recua mais de 1% ante o real, para o nível de R$ 4,65, ajudado pela desvalorização externa da moeda americana em relação a algumas moedas emergentes ligadas a commodities e pela venda de mais US$ 2 bilhões no mercado à vista pelo Banco Central.

Por fim, às 14h54 a moeda americana tinha queda de 1,57%, sendo cotada a R$ 4,6502. Na segunda, encostou nos R$ 4,80 e chegou a ser negociada nas casas de câmbio por R$ 5.


Leia também: Circuit breaker é acionado em NY; Dow Jones e S&P têm maior queda desde 2008

Estadão Conteúdo

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