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Mortos em naufrágio no Amapá chegam a 32

O número de mortos em decorrência do naufrágio do navio Anna Karoline III, no sul do Amapá, chegou a 32. Mais três corpos foram retirados da água nesta sexta-feira, 6. Ainda há ao menos nove pessoas consideradas desaparecidas, mas o número não é preciso porque a embarcação não tinha lista de passageiros. O acidente aconteceu no dia 28 de fevereiro e o governo prepara agora a contratação de uma empresa para reflutuar a embarcação.

Para reconhecer os corpos resgatados nesta sexta, a Polícia Técnico-científica do Amapá informou que usará exames de DNA. O avançado estado de decomposição impediu o reconhecimento das vítimas por parentes ou por meio de impressões digitais. Na tarde desta sexta, o governo do Estado divulgou nota pedindo que pais, filhos ou avós compareçam à polícia para disponibilizar o material genético necessário para os exames.

O navio Anne Karoline III saiu do Porto do Grego, no município de Santana, às 18h de sexta-feira, 27, com destino a Santarém, no Pará, e por volta das 5 horas de sábado, 28, naufragou no Rio Cajari, afluente do Rio Amazonas, no município de Laranjal do Jari (AP). De acordo com o comandante da embarcação, uma forte ventania virou o navio.

Na hora do naufrágio, uma balsa, que faz transporte de gado, passava pelo local. Parou e prestou socorro. Foi nesta balsa que os sobreviventes ficaram durante horas até que chegasse socorro.

Na quarta-feira, o governo do Amazonas mandou quatro mergulhadores especialistas em localizar vítimas de acidentes aquáticos. Além de ter qualificação profissional, eles trouxeram equipamentos e aparelhos – que não existem nos corpos de bombeiros do Pará e Amapá – que permitem que eles fiquem submersos por até 3 horas. As águas escuras e a forte correnteza não permitiam que os mergulhadores amapaenses e paraenses entrassem na embarcação.

O governo do Amapá já efetivou a contratação, em caráter emergencial, de uma empresa de logística do Pará – sediada em Belém – para executar a operação de reflutuação. Agora, a empresa selecionada deverá apresentar o plano dentro de 24 horas para ser analisado pela Marinha do Brasil, que é a responsável pela autorização de operação.

“Assim que o plano for aprovado, a empresa contratada já poderá iniciar neste final de semana o deslocamento de todos os seus equipamentos para iniciar efetivamente a reflutuação. É um trabalho bastante complexo, que requer inclusive o isolamento da área, para cuidar da segurança das pessoas e do meio ambiente”, explicou o secretário de Justiça e Segurança Pública do Amapá (Sejusp), Carlos Souza.

Por Alcinéa Cavalcante, especial para AE

Estadão Conteúdo

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