O dólar sobe ante o real antes mesmo de novo leilão de US$ 2 bilhões em swap, às 9h20, e os juros futuros acompanham a alta em meio à deterioração dos mercados internacionais em razão dos temores dos efeitos econômicos do coronavírus. Operadores e analistas financeiros no Brasil já questionam a ineficácia das ações do Banco Central no câmbio. Na quinta-feira, 5, após vender outros US$ 3 bilhões em swap, o dólar fechou em novo pico histórico e nesta Sexta-feira (6) segue subindo pela 13ª sessão seguida.
O tensão externa apoia apostas de 100% em novo corte de 0,75 pp dos juros nos EUA na reunião de 18 de março, para a faixa de 0,25% a 0,50%, após a queda emergencial de 0,50 pp ao ano nesta semana. Em consequência, às 9h16, o índice DXY recuava 0,85%, a 95.976 pontos. Mas o dólar sobe ante moedas emergentes latino-americanas, como peso chileno, peso colombiano e peso mexicano.
Segundo economistas da Renascença DTVM, além da cautela com o exterior “há todo o desconforto do mercado com a situação brasileira, que agrega fraco desempenho econômico, ruídos políticos e andamento da agenda de reformas aquém do esperado”.
Além disso, segundo afirmam em análise a clientes, há “a visão negativa do mercado quanto às comunicações e atuações do Banco Central no mercado de câmbio, o que tem provocado a visão de fatia dos investidores de questionar a sinalizada redução da taxa Selic nas próximas semanas”.
Às 9h28 desta sexta, o dólar à vista renovava recorde histórico na máxima em R$ 4,6710 (+0,42%). O dólar para abril estava na máxima em R$ 4,6785 (+1,35%).
Por Silvana Rocha
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