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Bolsas de NY fecham em alta com avanço de Biden e combate ao coronavírus

As bolsas de Nova York fecharam em forte alta, nesta quarta-feira, 4, com o democrata Joe Biden despontando como preferência do eleitorado na “superterça”, em 10 dos 14 estados onde as prévias americanas aconteceram. O movimento de alta recuperou as perdas do dia anterior. A saída do candidato Michael Bloomberg da disputa, apoiando o ex-vice-presidente, ajudou a trazer otimismo ao mercado financeiro e também o apetite por risco. O segundo lugar na disputa democrata é o senador Bernie Sanders, cujas ideias consideradas mais à esquerda não agradam o investidor.

O índice Dow Jones fechou em alta de 4,53%, em 27.090,86 pontos, o Nasdaq subiu 3,85%, a 9.018,09 pontos, e o S&P 500 avançou 4,22%, a 3.130,12 pontos. Destaque para o setor de saúde, com o afastamento da possibilidade de criação de um sistema público e universal de saúde proposto por Bernie Sanders. O papel da United Health subiu 10,72%, e os da Pfizer avançaram 6,12%. Entre as ações de tecnologia, destaque para Microsoft que se valorizaram 3,67% e as da Intel subiram 4,84%.

Apesar do avanço do coronavírus nos Estados Unidos, os investidores também avaliaram as medidas de estímulo anunciadas ontem pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano)par servir como um seguro contra o impacto do surto na economia. Hoje, o Presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de St. Louis, James Bullard, afirmou que a política monetária está agora em um “bom lugar”, e que não dá pra julgar se haverá mais cortes de juros na próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) .

Os investidores também acompanharam a notícias, vinda do Congresso americano, de que democratas e republicanos chegaram a um acordo de US$ 8 bilhões em gastos com tratamento, prevenção e outras medidas em relação ao coronavírus.

“Os investidores se sentiram encorajados pelos legisladores dos EUA”, avalia a analista do BK Asset management, Kathy Lien. “A volatilidade do mercado é um reflexo do sentimento que oscila entre esperança e medo. Mais especificamente, a esperança de que o vírus coronavírus de Wuhan possa ser contido rapidamente e o medo de que não aconteça”, diz Lien.

Ainda hoje, ficou em segundo plano a divulgação do Livro Bege pelo Fed, com uma reação muito modesta dos mercados. O documento apontou que as perspectivas para o crescimento foram “modestas”, com o coronavírus e as eleições no radar.

Por Marcela Guimarães

Estadão Conteúdo

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