Categories: Economia

PMI Industrial avança para 52,3 em fevereiro, diz IHS Markit

O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria do Brasil subiu para 52,3 pontos em fevereiro, de 51,0 em janeiro, na série com ajuste sazonal. A informação foi divulgada nesta segunda-feira, 2, pela IHS Markit.

O desempenho positivo foi puxado pelo crescimento dos volumes de produção e de vendas, que aumentaram com as taxas mais rápidas em três meses, e pela criação de empregos, que atingiu recorde de alta de cinco meses, de acordo com a empresa. Quando acima da marca dos 50 pontos, o indicador representa melhora na comparação com o mês anterior.

“Após registrar um crescimento apenas marginal em dezembro e janeiro, o setor industrial brasileiro disparou em fevereiro. Impulsionadas por uma expansão sólida e mais forte na demanda, as empresas intensificaram a produção e a atividade de contratação”, disse a economista Pollyanna de Lima, da IHS Markit, em nota.

De acordo com a empresa, o mercado interno parece ter sustentado o ritmo de novas contratações, uma vez que os fabricantes continuaram a contabilizar queda nos pedidos para exportação. As empresas que contrataram novos funcionários citaram como causas o aumento da demanda e planos de expansão de negócios.

O levantamento da empresa captou aumento nos pedidos de fábricas no maior ritmo desde novembro de 2019, puxado pelo lançamento de novos produtos e por novas parceiras. O grau de otimismo do setor permaneceu elevado em fevereiro, porque as empresas anteciparam que investimentos, maior número de clientes e diversificação de produtos devem impulsionar o crescimento da produção.

Coronavírus

No entanto, as empresas já reportaram atraso na entrega de materiais devido ao surto do coronavírus, o que contribuiu para níveis mais baixos de estoques. “As empresas brasileiras observaram um dos aumentos mais fortes nos prazos de entrega de insumos na história da pesquisa e espera-se que surjam novas interrupções econômicas globais”, afirmou Pollyanna.

O levantamento também captou percepções de risco para as perspectivas de negócios, com destaque para o enfraquecimento do real, que elevou os custos das indústrias brasileiras. “Os preços de fábrica foram aumentados da maneira mais significativa em quase um ano e meio, o que poderia restringir a demanda no curto prazo. Paralelamente, as exportações caíram pelo sexto mês consecutivo”, completou a economista.

Por Cícero Cotrim

Estadão Conteúdo

Recent Posts

Vale: Esperamos chegar a um acordo final no processo de mediação em outubro

Em resposta a comentários do ministro Alexandre Silveira, das Minas e Energia, a Vale afirmou,…

6 horas ago

BNDES aprova crédito de R$ 58 Mi a TW Transportes para reconstrução de armazém no RS

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou crédito emergencial, na modalidade investimento…

6 horas ago

BC informa ocorrência de incidente de segurança com chaves Pix sob guarda da SHPP Brasil/Shopee

O Banco Central informou nesta quinta-feira, 19, a ocorrência de incidente de segurança com dados…

7 horas ago

Lula sanciona lei que cria política nacional de incentivo ao cultivo de coco

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou nesta quinta-feira, 19, a Lei…

9 horas ago

Governo contrata projeto para trecho da Transnordestina; é o 1º investimento do tipo em 14 anos

A Infra S.A., empresa pública vinculada ao Ministério dos Transportes, assinou contrato com o Consórcio…

9 horas ago

iFood lança portal de dados e diz que entregadores trabalham 31,1 horas mensais pelo app

A empresa de delivery de comida e mercado iFood declarou que houve uma redução na…

9 horas ago