O percentual de famílias que em fevereiro de 2020 relataram ter dívidas atingiu 65,1%. O nível representa queda na comparação com os 65,3% registrados em janeiro, e maior do que os 65,6% de dezembro de 2019.
As dívidas ser referem a cheques pré-datados, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro. Já em relação a fevereiro do ano passado, o patamar significa alta,uma vez que o indicador chegou a 61,5% do total de famílias.
Os dados estão na Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), elaborada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
De acordo com a CNC, a inadimplência (dívidas ou contas em atraso) atingiu 24,1%, enquanto no mês anterior tinha ficado em 23,8%. Houve alta, se comparado a fevereiro de 2019. Naquele momento, somava 23,1%.
Quanto às famílias que permaneceriam sem condições de pagar as contas ou as dívidas em atraso, o percentual subiu na comparação mensal, saindo de 9,6% em janeiro para 9,7% do total em fevereiro. Em fevereiro de 2019, o indicador tinha atingido 9,2%.
Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, a tendência apontada no endividamento geral das famílias indica perspectiva de aquecimento do consumo. Na visão dele, o aumento de alguns indicadores não deve ser visto, necessariamente, como negativo. Segundo Tadros, mesmo que tenha diminuído o ritmo nos últimos dois meses, tem relação com resultados combinados.
“O endividamento em alta está associado a condições mais favoráveis no mercado de crédito ao consumidor, impulsionado por fatores como a melhora recente do mercado de trabalho e a redução significativa das taxas de juros, o que permite a queda do custo do crédito”, observou.
As reduções mais significativas no número de famílias endividadas foram entre as que ganham até dez salários mínimos. Nesse grupo, o percentual de endividamento recuou para 66,0% em fevereiro de 2020, enquanto em janeiro era de 66,4%. Nas famílias com renda acima de dez salários mínimos, o patamar teve alta de 60,9% em janeiro para 61,1% no mês seguinte.
A economista responsável pela pesquisa, Izis Ferreira, destacou que, embora o endividamento seja menor, a inadimplência se acentuou em fevereiro, sendo maior a proporção de famílias com dívidas ou contas em atraso e também entre as que relatam não ter condições de pagar essas dívidas.
Segundo a economiasta, a capacidade de pagamento é influenciada pela sazonalidade verificada no primeiro trimestre, com gastos adicionais. “Impostos e taxas, matrícula e material escolar, além de reajustes de tarifas e serviços, o que implica um número maior de famílias que podem encontrar dificuldades para pagar as contas em dia nesse período”, disse.
A pesquisa indicou ainda que, mais uma vez, o cartão de crédito foi apresentado como o principal tipo de dívida de 78,6% das famílias endividadas. Outras dívidas foram relativas a carnês (15,9%) e ao financiamento de veículos (10,7%).
O mesmo ocorre com as famílias com renda de até dez salários mínimos. No grupo, 79,1% das famílias relataram problemas com o cartão de crédito, com os carnês foram 16,6% e com o financiamento de carros 8,9%.
Nas famílias com renda superior a dez salários mínimos, a primeira posição permanece com o cartão de crédito (76,9%), depois ficou o financiamento de veículos (19,1%) e em terceiro o financiamento de casa (16,9%).
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