Um paciente que era atendido nesta quinta-feira no Hospital São Paulo, na zona sul da capital paulista, com suspeita de estar infectado com o coronavírus, foi embora sem que os testes tivessem terminado. O homem havia voltado de uma viagem à Itália e apresentava sintomas de gripe. Um primeiro teste havia sido feito e dado negativo para o coronavírus.
No entanto, segundo fontes ligadas ao hospital, a equipe médica o havia internado em isolamento e pretendia fazer novos testes. Ele, então, manifestou a intenção de deixar o local. A mulher dele também estaria com sintomas e sendo atendida em um hospital particular. O Hospital São Paulo deve se pronunciar oficialmente nesta sexta-feira sobre o caso. A Secretaria Estadual de Saúde disse ontem que analisava o caso e não tinha resposta sobre o que seria feito.
Segundo o código de ética médica, o paciente pode decidir sobre seu tratamento, mas o médico deve interferir em caso de perigo de vida. Publicação do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) informa que, no caso da alta a pedido, sem colocar em risco a vida do paciente, nem o médico nem o hospital podem ferir o princípio da autonomia, cerceando o direito de ir e vir. A alta deve ser documentada e assinada.
O paciente não teria assinado o termo. Se houver complicações, médico e hospital podem ser responsabilizados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Por Renata Cafardo
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