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Homicídios no Ceará chegam a 170 durante paralisação dos PMs

Uma semana após os motins dos policiais militares no Ceará, pela falta de acordo com o governo estadual referente ao novo plano de reestruturação salarial, a secretaria de segurança pública contabiliza 170 assassinatos desde a última quarta-feira, 19, quando PMs ocuparam os batalhões e cruzaram os braços.

Os números englobam os casos que se enquadram como homicídio doloso/feminicídio, lesão corporal seguida de morte e latrocínio.

Para reforçar a segurança nas ruas, 2,5 mil soldados do exército e 300 homens da Força Nacional atuam na capital, Fortaleza, e interior do Estado. O trabalho efetivo das tropas começou no último domingo, 23.

Após o início da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), comandada pelo General Cunha Mattos, comandante da 10ª Região Militar do Exército, o Estado registrou uma diminuição no número de crimes. Desde a paralisação dos policiais militares, o dia mais violento do ano, foi na última sexta-feira, 21, com 37 assassinatos.

Ainda de acordo com a Secretaria de Segurança, 43 policiais militares estão presos. Dos 43 casos, em 38 os policiais se apresentaram espontaneamente e cinco foram presos. Outros cinco, se apresentaram e justificaram suas ausências no trabalho e foram liberados.

Os nomes de 61 militares da Polícia Militar do Ceará (PMCE) foram publicados em Boletim do Comando Geral, em razão de deserção especial, quando o militar deixa de apresentar-se na força em que serve, uma infração contida no Código Penal Militar, no artigo 190, que prevê pena de detenção de até três meses.

Outros quatro PMs já haviam sido presos na semana passada. Três deles foram autuados pelo crime de motim, na terça-feira, 18, após serem flagrados secando os pneus de uma viatura da PMCE.

Os militares estavam armados no momento das prisões. Um quarto PM foi autuado em flagrante, na madrugada da quinta, 20, pelo crime de incêndio, com base no Código Penal.

No total, 230 policiais foram afastados, estão fora da folha de pagamento e podem ser expulsos da corporação.

Por Lôrrane Mendonça, Especial para a AE

Estadão Conteúdo

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