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Vale reverte lucro e registra prejuízo de US$ 1,683 bilhão em 2019

Com os resultados financeiros pressionados com gastos da tragédia de Brumadinho há um ano, a Vale voltou para o vermelho e reportou um prejuízo líquido de US$ 1,683 bilhão em 2019, revertendo lucro de US$ 6,860 bilhões de 2018. No quarto trimestre do ano passado, o prejuízo da mineradora foi de US$ 1,562 bilhão, ante lucro de US$ 3,786 bilhões no último trimestre de 2018 e de US$ 1,654 bilhão no terceiro trimestre de 2019.

“Um ano se passou desde a ruptura da Barragem I, e gostaria de reafirmar o nosso respeito pelas famílias das vítimas. A Vale permanece firme em seus propósitos: reparar integralmente Brumadinho e garantir a segurança de nossas pessoas e ativos. Temos feito progressos significativos, com um efetivo programa de reparação, com melhorias relevantes em nossa governança e operações, e com um plano de descaracterização para nossas barragens a montante sob implementação acelerada. Estamos fazendo o de-risking da Vale. Estamos construindo o caminho para tornar o nosso negócio melhor, mais seguro e mais estável”, comentou, no documento que acompanha o demonstrativo financeiro, o presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado no quarto trimestre do ano ficou em US$ 3,536 bilhões, queda de 20,8% ante igual intervalo de 2018. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, a queda foi de 23,2%. No ano a geração de caixa foi de US$ 10,585 bilhões, recuo de 36,2% em relação ao visto um ano antes.

A receita operacional líquida alcançou US$ 9,964 bilhões no intervalo de outubro a dezembro de 2019, expansão de 1,5% na relação anual. No ano passado a receita foi de US$ 37,57 bilhões, aumento 2,7 %.

No quarto trimestre de 2019 alcançou 78,344 milhões de toneladas, queda de 22,4% em relação ao registrado um ano antes. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, houve um recuo de 9,6%. Com isso, no acumulado do ano, a produção alcançou 301,972 milhões de toneladas, queda de 21,5% ante 2018. A perda de produção reflete principalmente os impactos decorrentes da ruptura da barragem de Brumadinho, em 25 de janeiro de 2019. O desastre matou 270 pessoas.

Por Fernanda Guimarães e Mariana Durão

Estadão Conteúdo

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