No dia 1º de julho de 1920, uma delegação composta por 21 atletas brasileiros embarcou, em um navio chamado Curvelo, para dar início a uma jornada de quase um mês, por mar e por terra, até a cidade de Antuérpia, na Bélgica, onde representaram o Brasil na primeira participação do país em Jogos Olímpicos. Naquela ocasião, eles trouxeram medalhas de ouro, prata e bronze, uma de cada, na modalidade tiro.
Para celebrar a trajetória, agora centenária, da participação brasileira em Olimpíadas, o governo federal lançou, nesta quarta-feira (19), o projeto Centenário Olímpico, que prevê uma série de ações para celebrar a marca histórica. A solenidade, no Palácio do Planalto, teve a participação do presidente Jair Bolsonaro, que condecorou 14 atletas olímpicos brasileiros com Cruz do Mérito Desportivo.
Desde 1920, o Brasil esteve em 22 edições Olimpíadas (houve ausência em Amsterdã, no ano de 1928). A última participação brasileira foi nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, que também foi a melhor campanha brasileira dentre todas as edições (19 medalhas, sendo sete ouros, seis pratas e seis bronzes). Na história, o país coleciona 129 pódios (30 de ouro, 36 de prata e 63 de bronze). A próxima edição dos Jogos Olímpicos será em Tóquio neste ano.
“O Brasil conquistou até agora 170 vagas para os Jogos Olímpicos de Tóquio, com a recente classificação do futebol masculino, que terá a chance de defender o ouro conquistado no Rio”, disse o secretário especial do Esporte, Décio dos Santos Brasil.
Segundo Santos, 91% desses atletas já classificados fazem parte atualmente do Bolsa Atleta, programa da Secretaria Especial do Esporte, do Ministério da Cidadania. O investimento federal no programa é de R$ 4,3 milhões por ano.
Durante a solenidade, que também marcou o Dia do Desportista, o presidente Jair Bolsonaro entregou a Cruz do Mérito Esportivo, honraria criada por meio de decreto, para 14 esportistas brasileiros que fizeram história em Jogos Olímpicos. Foram homenageados atletas como Guilherme Paraense, primeiro medalhista do país (ouro em 1920), Maria Lenk, pioneira olímpica entre as mulheres da América do Sul, e Isaquias Queiroz, maior medalhista do Brasil em uma única edição das Olimpíadas (duas pratas e um bronze em 2016).
A lista ainda inclui o ginasta Arthur Zanetti (ouro em 2012 e prata em 2016), os judocas Aurélio Miguel (ouro em 1988 e bronze em 1992) e Rogério Sampaio (ouro em 1992), a jogadora de basquete Janeth dos Santos (prata em 1996 e bronze em 2000), os velejadores Lars Grael (bronze em 1988 e 1996), Marcelo Ferreira (ouro em 1996 e 2004 e bronze em 2000) e Torben Grael (ouro em 1996 e 2004, prata em 1984 e bronze em 1988 e 2000), a lutadora de taekwondo Natália Falavigna (bronze em 2008), a nadadora Poliana Okimoto (bronze em 2016 na maratona aquática), o jogador de vôlei de praia Ricardo (ouro em 2004, prata em 2000 e bronze em 2008) e o boxeador Robson Conceição (ouro em 2016).
Os Correios também anunciaram a criação de um selo comemorativo do Centenário Olímpico brasileiro. O governo ainda lançou uma exposição fotográfica sobre a história olímpica brasileira.
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