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BC alemão sugere estímulo fiscal para impulsionar economia em meio a coronavírus

O banco central da Alemanha, o Bundesbank, sugeriu hoje ao governo do país que tome mais medidas fiscais para impulsionar o crescimento da maior economia europeia, alertando para novos riscos para o setor manufatureiro local advindos da epidemia de coronavírus na China.

O comentário representa uma mudança de postura do conservador Bundesbank, que até recentemente rejeitava apelos internacionais para que o governo alemão afrouxasse a política fiscal e reduzisse seus grandes superávits orçamentários.

“Há claramente espaço de manobra dentro da estrutura das regras orçamentárias do governo”, afirmou o Bundesbank em relatório mensal. “Isso pode ser usado para aperfeiçoar as condições de crescimento e emprego”.

Em novembro, o Bundesbank havia adotado tom bem distinto, aconselhando que não parecia haver necessidade de “um pacote especial de medidas para estimular a economia” na ocasião. Essa passagem foi omitida do relatório de hoje.

A economia alemã está estagnada há quase dois anos, à medida que tensões internacionais pesaram no seu setor manufatureiro. No quarto trimestre, o PIB da Alemanha ficou estável ante os três meses anteriores, segundo dados oficiais publicados na semana passada.

Ainda no documento, o Bundesbank disse não ver alteração significativa na perspectiva econômica da Alemanha no começo de 2020. O relatório afirma, porém, que o surto de coronavírus provavelmente levará a uma desaceleração temporária do crescimento da China, o que tende a prejudicar a demanda por exportações alemãs e causar gargalos de entrega em indústrias específicas do país europeu.

Para o Bundesbank, é “bastante óbvio” que o governo alemão deveria, ao menos, reduzir este ano a chamada “sobretaxa de solidariedade”, como é conhecido o imposto para financiar a reconstrução da indústria da antiga Alemanha Oriental. O BC alemão ressalta ainda que estados e municípios dispõem de elevados superávits, que poderiam ser utilizados para gastos com educação e infraestrutura. Fonte: Dow Jones Newswires.

Estadão Conteúdo

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