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Liminar impede paralisação no Porto de Santos nesta segunda-feira

Uma liminar concedida pela Justiça Federal neste domingo, 16, à Companhia Docas do Estado de São Paulo, proibiu a manifestação de caminhoneiros no Porto de Santos, no litoral paulista. Em um vídeo divulgado pelos motoristas, eles haviam indicado que bloqueariam o porto, por 24 horas, nesta segunda-feira.

Na determinação, o juiz Roberto da Silva Oliveira veta manifestações, sob pena de multa diária de R$ 200 mil. Os caminhoneiros estão impedidos de bloquear os acessos ao porto de Santos, entre os dias 17 e 21 de fevereiro.

“Além disso, como pano de fundo, há uma operação previamente agendada, no mesmo período de tempo, para se evitar a proliferação do coronavírus, com possível contágio de tripulantes em navio que atracou em portos chineses. Portanto, não é desejável bloqueios que inviabilizam as medidas sanitárias que estão sendo tomadas”, diz o juiz Roberto da Silva Oliveira, que concedeu a liminar.

Na última semana, caminhoneiros do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários Autônomos (Sindicam) publicaram um vídeo em que o presidente da entidade, Alexsandro Viviani, anunciava o bloqueio do porto. Ele reivindicava o piso mínimo do frete, o valor dos combustíveis e a perda de trabalho no porto.

A operadora logística Rumo também conseguiu, neste domingo, uma liminar proibindo qualquer manifestação na área que cabe à empresa na região portuária. A sentença foi dada pelo juiz Vítor Gambassi Pereira.

Nova greve

Questionado sobre a possibilidade de uma nova greve, um dos líderes do movimento de 2018, Walace Landim, o Chorão, disse que a categoria tinha combinado de fazer uma paralisação na próxima quarta-feira, 19, para acompanhar a votação no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a constitucionalidade da tabela do frete. Mas, a pedido da Advocacia Geral da União (AGU), a votação foi suspensa.

O ministro do Supremo Luiz Fux chamou uma audiência de conciliação para o dia 10 de março. Caso não haja um resultado positivo para os caminhoneiros, Chorão diz que uma paralisação deve ocorrer, com apoio dele.

Nos grupos de caminheiros que o Estado acompanha, o movimento a favor de uma nova greve da categoria ainda é fraco. Até o momento, Ivar Schmidt, do Comando Nacional dos Transportes (CNT) não vê apoio dos demais caminhoneiros, pelo menos na CNT, que é um grupo forte no País.

Por Renée Pereira

Estadão Conteúdo

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