Em evento para anúncio da criação do Conselho da Amazônia, o presidente Jair Bolsonaro criticou a forma como a demarcação de terras indígenas é feita no Brasil, mas, em seguida, afirmou que “ninguém é contra dar a devida proteção e terra aos nossos irmãos índios”.
Bolsonaro reforçou que o conselho foi criado como forma de dar uma resposta à reação negativa no exterior sobre políticas do governo para proteção da floresta amazônica, que registrou alta nas queimadas. “Espero que possamos dar a devida resposta àqueles que nos criticam”, declarou. “Temos de ter capacidade de implementar políticas que mostrem que a Amazônia é nossa”, disse.
O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, pediu a palavra e reforçou o discurso da soberania nacional. Ele disse que os brasileiros tratam a Amazônia como “país amigo”, mas que deve ser encarada como território nacional. “A Amazônia é propriedade dos brasileiros, precisamos pensar grande”, disse Heleno.
Em seguida, o ministro do GSI entoou um grito de guerra. Enquanto ele dizia “tudo pela Amazônia”, os convidados diziam “selva!”.
Por Emilly Behnke e Julia Lindner
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