Categories: Política

Wajngarten: dados sobre minha empresa não têm relação com distribuição de verbas

O secretário especial de Comunicação Social do governo federal, Fabio Wajngarten, afirmou que os dados sobre as atividades da sua empresa, a FW Comunicação e Marketing – que tem contratos com emissoras como Band e Record -, “não têm relação” com a distribuição de verbas da pasta comandada por ele. O secretário admitiu que pensou em deixar o governo federal por causa das suspeitas de conflito de interesses que pairam sobre o seu nome.

Wajngarten deu as declarações em entrevista ao programa Poder em Foco, no SBT, exibida neste domingo, 9. Ele havia sido questionado sobre se teria agido corretamente ao negar, em documento enviado à Comissão de Ética Pública da Presidência da República em maio de 2019, que, nos 12 meses antes de assumir o cargo, ele ou parentes seus exercessem atividades em áreas relacionadas a suas atribuições na secretaria.

Após reafirmar que preencheu o formulário de forma “verdadeira e idônea”, Wajngarten insistiu durante a entrevista que “não há sinergia entre dados de investimento publicitário, inserções publicitárias, veiculação publicitária com distribuição de verba da Secom”, referindo-se aos serviços prestados pela FW Comunicação e Marketing. “Partir da premissa de que todo mundo que vem do mercado é criminoso é uma aberração e perseguição política.”

A Folha de S.Paulo revelou em janeiro que a empresa de Wajngarten recebe dinheiro de emissoras que passaram a receber mais verbas de propaganda da Secom sob a sua gestão.

Na opinião do secretário, as investigações da Comissão de Ética e do Tribunal de Contas da União (TCU) bem como o inquérito aberto pela Polícia Federal sobre um possível conflito de interesses na sua atuação à frente da Secom vão provar que ele cumpriu a lei.

Sobre ter pensado em deixar o governo, Wajngarten disse que este foi um dos momentos mais difíceis da sua vida, mas que ele “nunca considerou desistir” por ter “muito orgulho” do presidente Jair Bolsonaro. O secretário se vê alvo de “perseguição política”.

Ao explicar porque distribuiu mais verbas de propaganda a emissoras que não lideram em audiência, Wajngarten comentou que “adoraria ter orçamento para contemplar todos os veículos”, mas, por conta do orçamento “enxuto” concedido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, cumpre o “critério da economicidade”. “Há que se buscar obrigatoriamente o valor mais econômico para atingir e investir em todos os meios de comunicação.”

Por Nicholas Shores

Estadão Conteúdo

Recent Posts

Latam amplia em 12% voos no Brasil em 2025, com quatro novas rotas domésticas

A Latam vai operar 348 voos domésticos por dia no Brasil em 2025, 12% a…

14 horas ago

ANP aprova acordo de cooperação com Serpro no âmbito do RenovaBio

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou um acordo de cooperação…

14 horas ago

Correção: Lula faz evento para tornar oficial programa de repactuações de rodovias

A matéria publicada anteriormente continha uma incorreção sobre a nome da concessionária do trecho da…

16 horas ago

Brasil vive momento histórico sobre concessões, com melhor entendimento público, diz Lula

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que o País vive um…

17 horas ago

Renan Filho: governo analisa 4 repactuações de rodovias, encaminhou 8 para o TCU e reprovou 2

O ministro dos Transportes, Renan Filho, apresentou o balanço dos trabalhos que compõem o "Programa…

18 horas ago

Claro lança oferta de celular para fisgar público que ainda não aderiu ao 5G

A Claro fechou parceria com a Motorola para lançar uma oferta de celular 5G com…

18 horas ago