O mundo voltou a acompanhar as notícias sobre o aumento de mortes provocadas pelo coronavírus na China, na manhã da segunda-feira (10). As autoridades anunciaram um recorde de 97 mortos em um só dia, o que elevou o número oficial de vítimas fatais para 908. Isso supera com folga as 774 vítimas da epidemia da Síndrome Respiratória Aguda (Sars), registrada em 2002. Além dos mortos, o governo chinês também confirmou que 3.062 novos casos foram registrados nas últimas 24 horas, elevando o total de infectados para 40.171 pessoas.
O governo continua adotando medidas para impedir a disseminação da doença. No domingo (9), a gigante de eletroeletrônicos Foxconn foi impedida de reiniciar suas fábricas. Segundo autoridades do Partido Comunista Chinês, a maioria das pequenas e médias empresas não voltaria às atividades nesta segunda-feira.
Com isso, os indicadores econômicos também pioram. Divulgada na noite deste domingo, a inflação ao consumidor (CPI) de janeiro mostrou uma alta em 12 meses de 5,4%, acima da previsão de 4,9% e superior, também, aos 4,5%do acumulado de 12 meses até dezembro de 2019.
A interrupção das cadeias produtivas deverá custar caro para a economia chinesa. Não há, ainda, confirmação oficial de desaceleração dos negócios. No entanto, os prognósticos do mercado já começam a demonstrar o pessimismo.
O banco americano J.P. Morgan reduziu drasticamente a previsão de crescimento da economia chinesa neste trimestre. O prognóstico baixou para 1 por cento, ante os 4,9% anteriores. O banco também reduziu a projeção do acumulado do ano de 5,8% para 5,4%. A agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) também reduziu a projeção de crescimento para este ano de 5,7% para 5%.
A expectativa de desaceleração na China já começa a afetar os demais países. Sem citar números, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) já informou que possíveis impactos do coronavírus representam novo risco à perspectiva econômica. Em seu depoimento previsto para amanhã na Câmara dos Deputados, Jerome Powell, presidente do Fed, deverá fornecer mais detalhes sobre o impacto da desaceleração chinesa sobre os negócios americanos.
Nas últimas semanas o mercado considerava que o impacto do coronavírus sobre a economia mundial estava controlado. No entanto, as informações mais recentes sobre o número de vítimas fatais e de infectados surpreenderam negativamente os investidores. Isso elevou a incerteza sobre o impacto econômico das medidas tomadas pelo governo chinês para conter a epidemia. O mercado deverá ter um dia volátil, dependendo do comportamento da bolsa americana.
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