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Bolsa fecha em baixa de 1,23%, aos 113.770,29 pontos, e fica estável na semana

Após perda de 3,90% na semana anterior – a maior desde agosto de 2019 -, o Ibovespa parecia a caminho de acumular ganho nesta primeira semana de fevereiro, mas acabou no zero a zero no período (+0,01%), com o dólar em nova máxima histórica, a R$ 4,3209 (+0,83% na sessão). Ao final, o principal índice da B3 acentuou perdas e cedeu dos 114 mil pontos, em baixa de 1,23%, a 113.770,29 pontos, praticamente na mínima do dia, apesar do desempenho positivo das ações de bancos e Petrobras ON (+0,51%), pesos-pesados do Ibovespa. O giro financeiro foi de R$ 24,6 bilhões, com o índice oscilando entre mínima de 113.769,14 e máxima de 115.189,97 pontos. No ano, o Ibovespa acumula agora perda de 1,62%.

No exterior, as perdas, mais moderadas, estenderam-se da Ásia e Europa aos EUA, com os três índices de Nova York registrando baixa entre 0,5% e 0,9%, aprofundadas à medida que se aproximava o fim da sessão, levando consigo o Ibovespa, com os investidores, aqui e fora, evitando tomar posição antes do fim de semana, tendo em vista a cautela que ainda persiste em torno do coronavírus.

“Temos uma situação agora que ainda reflete a incerteza do coronavírus – que afeta em particular o setor de commodities, ao qual a Bolsa tem exposição – e a força do dólar, que reflete por um lado a pujança da economia americana e, por outro, o fim do apelo do ‘carry trade’, com a redução de juros no Brasil sendo um desincentivo a operações de arbitragem”, diz Maurício Pedrosa, sócio da Áfira Investimentos.

Notícias indicando suspensão de contratos de fornecimento de commodities na China por conta do vírus, em meio à longa interrupção de atividades produtivas na segunda maior economia do mundo, colocaram pressão nesta sexta-feira nas ações da Vale e do setor siderúrgico. Vale ON fechou em baixa de 2,21%, com Gerdau PN em queda de 4,66%, CSN, de 3,78%, e Usiminas, de 4,18%. Destaque negativo também para o setor de papel e celulose, outro muito correlacionado à demanda chinesa, com Klabin em baixa de 2,51% e Suzano ON, de 3,24% no fechamento da sessão.

Hoje, o Federal Reserve avaliou que os possíveis impactos do surto na China são um fator de risco à perspectiva e que o evento pode causar problemas para o restante da economia global. De acordo com relato da Reuters, os ministros de Finanças da zona do euro vão recomendar uma política fiscal expansionista, caso os riscos negativos para a economia se materializem, informaram três funcionários da União Europeia.

Por aqui, o secretário especial da Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, afirmou que a Reforma Tributária é prioridade dentro do governo porque impacta o crescimento da economia. A proposta do governo será entregue em breve, apontou o secretário. “Trabalhamos com a aprovação nas duas casas do Congresso neste semestre”, disse após evento na Fundação Getúlio Vargas, no Rio.

No Brasil, os ativos de risco seguem em ajuste também à perspectiva da política monetária, bem como ao dólar, em novas máximas históricas. “Tivemos três dias de alta para o Ibovespa na semana, com duas perdas no fim, a partir do Copom, que deixou claro a interrupção no ciclo de cortes de juros”, diz Matheus Soares, analista da Rico Investimentos, destacando a ata da reunião do comitê, na próxima semana, como uma oportunidade de entendimento mais detalhado sobre o pensamento do BC no momento.

Estadão Conteúdo

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