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Dólar cai com estudos de vacina para coronavírus e espera de fluxo para Petrobras

O dólar opera em baixa no mercado doméstico nesta quarta-feira, 5, em meio a otimismo com possível descoberta de tratamento ou vacina para o coronavírus. A queda ante o real está em linha com o sinal predominante da moeda americana frente outras divisas emergentes no exterior.

Contudo, a expectativas de anúncio de mais um corte da Selic no fim da reunião de política monetária do Banco Central limita as perdas no mercado de câmbio local. A autoridade monetária deve anunciar sua decisão de juros após o fechamento dos negócios e as apostas majoritárias são de novo corte de 0,25 ponto, para 4,15% ao ano.

Na terça-feira, 3, após os dados fracos de produção industrial brasileira em dezembro e 2019 e de vendas de veículos em janeiro no País, aumentou a discussão sobre uma possível nova redução do juro básico no encontro do Copom em março. No entanto, a maioria no mercado espera que a redução de agora seja a última do ano, segundo o Projeções Broadcast. De todo modo, a possibilidade de mais uma redução do juro básico em março tornaria o Brasil cada vez menos atrativo para investidores estrangeiros.

Alguns agentes de câmbio estariam antecipando ofertas da moeda americana, na expectativa de ingresso de fluxo financeiro nesta manhã destinado à operação de venda de cerca de R$ 23 bilhões em ações ON da Petrobras pelo BNDES, que será precificada nesta quarta na B3. Investidores apostam quer os players estrangeiros podem comprar parcela significativa dessa oferta.

Às 9h32, o dólar à vista estava em R$ 4,2397 (-0,44%). Na mínima, caiu aos R$ 4,2377 (-0,48%) e, na máxima, na abertura dos negócios, registrou R$ 4,2497 (-0,20%). Já o dólar futuro para março recuava 0,39%, a R$ 4,2445, após tocar na mínima aos R$ 4,2420 (-0,45%) e máxima, aos R$ 4,2555 (-0,13%).

No mercado de moedas no exterior, no mesmo horário acima, o dólar recuava 0,66% ante o peso chileno, -0,59% ante o rublo russo, -0,63% ante o rand sul africano.

Mais cedo, a FGV informou que a inflação pelo IPC-C1 (baixa renda) desacelerou para 0,55% em janeiro ante 0,93% em dezembro.

Por Silvana Rocha

Estadão Conteúdo

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