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Justiça do Rio mantém quebra de sigilo de Flávio Bolsonaro

O Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) manteve a quebra dos sigilos fiscal e bancário do ex-deputado estadual e atual senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ), investigado por suposto esquema de rachadinha na época em que cumpriu mandato na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

A defesa de Flávio havia entrado com um pedido de habeas corpus na 3ª Câmara Criminal, onde corre o caso, para tentar derrubar a decisão proferida em primeira instância, em abril do ano passado. Relator do processo, o desembargador Antônio Carlos Nascimento Amado defendeu, na semana passada, a restauração dos sigilos.

As outras duas desembargadoras que compõem o colegiado, Monica Tolledo Oliveira e Suimei Meira Cavalieri, haviam pedido mais tempo para analisar o caso. Hoje, contudo, elas votaram pela manutenção da decisão de primeira instância, do juiz Flávio Itabaiana Nicolau.

A sessão é fechada, e o processo, sigiloso. O Estadão/Broadcast confirmou o placar de 2 a 1, mas ainda não se sabe o que alegaram as desembargadoras.

Na semana passada, Amado votara em favor de Flávio pelo fato dele não ter sido ouvido antes do pedido de quebra de sigilo feito pelo Ministério Público estadual, que investiga o filho do presidente Jair Bolsonaro. O MP apura as práticas de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa por parte do senador.

Procurado, o advogado de Flávio, Frederick Wassef, disse que, “ao contrário de outros”, não vai comentar a votação porque o caso está em segredo de Justiça. “Mas aproveito a oportunidade para falar ao nobre jornalista que a Polícia Federal afirmou não haver indícios de irregularidades. Quando a investigação é feita de forma isenta, ela encontra a verdade”, declarou Wassef.

O advogado também soltou uma nota em que com o mesmo teor. Veja abaixo:

“O advogado Frederick Wassef não pode se manifestar porque o processo se encontra em segredo de Justiça. Porém, quer registrar que a Polícia Federal apurou de forma incontestável e inequívoca que não existe qualquer indício ou irregularidade na vida de Flávio Bolsonaro. Fica ainda mais evidente que jamais existiu lavagem de dinheiro, que os imóveis são legais e regulares, declarados à Receita Federal. Por tanto (sic), uma vez mais, Wassef rechaça de forma veemente todas as infundadas acusações levianas que têm apenas o objetivo de atingir a imagem e a reputação de Flávio Bolsonaro.”

Por Caio Sartori e Marcio Dolzan

Estadão Conteúdo

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