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Petrobras investiga incidente em fábrica de fertilizantes que será desativada

A Petrobras investiga um incidente ocorrido na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen), em Araucária (PR) na tarde de sexta-feira (31). Segundo a empresa, houve uma parada súbita em uma caldeira e em compressores do tanque de armazenamento de amônia da fábrica, o que exigiu um procedimento preventivo de segurança.

A Fafen está em processo de desativação e a demissão de funcionários deve começar em 14 de fevereiro. A Federação Única dos Petroleiros (FUP) iniciou na madrugada deste sábado (1º) uma greve que tem entre suas exigências a suspensão da demissão dos funcionários da Fafen.

Os compressores têm o objetivo de controlar a pressão do tanque, retirando os vapores para manter a pressão estável. Devido à parada, diz a Petrobras, foi acionado um sistema preventivo aliviador, que ventila os vapores para a atmosfera e os dissipa com água, o que é considerada uma operação normal de segurança. “A situação está sob controle e não há riscos para as pessoas e o meio ambiente”, afirma nota da Petrobras.

A Araucária Nitrogenados S/A (Ansa), subsidiária da Petrobras e dona da fábrica, afirmou que o vapor oriundo do sistema de alívio de pressão do tanque, ao ser dispersado na atmosfera, não causa danos à população nem ao meio ambiente. Já a FUP afirmou que “o vazamento de amônia aumenta a insegurança dos trabalhadores e pode atingir a comunidade de Araucária”.

Segundo a Petrobras, todas as medidas para normalização das atividades já estão sendo tomadas. “A empresa está tomando todas as medidas para assegurar o acesso dos trabalhadores à fábrica”, diz a nota da empresa.

A Ansa está investigando as causas do incidente. “É incomum e também será investigado que, embora a ocorrência tenha se dado às 15h, o sistema de alarme tenha disparado por volta das 23h, sem qualquer agravamento da situação”, afirma o comunicado da estatal.

Greve

Em nota divulgada neste sábado, a FUP afirma que o primeiro dia da greve por tempo indeterminado da categoria parou 6.700 trabalhadores, em dez Estados do País. A categoria reivindica a revisão do fechamento da fábrica da Fafen no Paraná e o cumprimento de cláusulas de Acordos Coletivos de Trabalho (ACT) da Petrobras e de suas subsidiárias, como a Ansa. Segundo os petroleiros, as demissões na Fafen devem afetar mais de mil famílias.

Um mandado expedido neste sábado pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou a verificação das condições da ocupação do prédio sede da Petrobras, o Edise, no Rio, onde uma comissão de sindicalistas está alojada desde a tarde de sexta-feira. A Justiça indeferiu a reintegração de posse por ser tratar de um ato pacífico, diz a FUP.

Por Fábio Grellet e Mariana Durão

Estadão Conteúdo

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