O surto do novo coronavírus já registrou mais de 7,7 mil casos apenas na China continental. O número supera o de infectados pela Síndrome Respiratória Aguda Severa (Sars) entre 2002 e 2003, que contaminou 5,3 mil chineses e deixou 774 mortos em todo o mundo – 349 deles no país asiático. Além da China, que registra a maior parte das infecções, o novo coronavírus afeta pelo menos outros 16 países. E nesta quarta-feira, 29, chegou ao Oriente Médio.
Os Emirados Árabes Unidos informaram os primeiros casos de infecção no país, de quatro cidadãos chineses contaminados. Também já registram casos de coronavírus Canadá, Estados Unidos, Alemanha, França, Finlândia, Nepal, Tailândia, Sri Lanka, Malásia, Cingapura, Camboja, Vietnã, Japão, Coreia do Sul e Austrália.
Como forma de conter o surto, a China restringiu viagens de seus cidadãos entre províncias chinesas e para o exterior. Ainda assim, antes da determinação de quarentena, que já isola mais de 50 milhões de habitantes, milhares conseguiram deixar o país. Estrangeiros que permaneceram no epicentro do surto, a cidade de Wuhan, estão sendo retirados de lá por autoridades de seus países de origem.
Nesta quarta-feira, um avião com cerca de 200 cidadãos americanos que estavam isolados em Wuhan aterrissou em uma base militar em Riverside, na Califórnia, Estados Unidos. O grupo deve permanecer alojado nesta base militar. Já a Austrália pretende levar cerca de 600 cidadãos que moram na Província de Hubei, onde fica Wuhan, para a Ilha Christmas, um território do Oceano Índico. O projeto de repatriação foi apresentado nesta quarta pelo primeiro-ministro australiano, Scott Morrison. A França prevê retirar seus cidadãos da cidade de Wuhan entre esta quinta (30) e sexta-feira, 31.
A Embaixada do Brasil em Pequim estima em 70 o número de brasileiros em toda a região de Hubei. O Ministério das Relações Exteriores diz acompanhar desdobramentos do surto para oferecer apoio aos brasileiros, mas, até o momento, não considera organizar a retirada dessas pessoas.
Viagens
Nesta quarta, as companhias British Airways (Reino Unido), Lion Air (Indonésia), Ukraine International Airlines e Skyup Airlines (Ucrânia) e Air Austral (França) suspenderam os voos até a China. Já a Air France suspendeu viagens a Wuhan “até nova ordem” e reduziu o número de voos a Pequim e Xangai. A americana United Airlines e a Air Canadá já manifestaram a intenção de reduzir viagens.(Com agências internacionais).
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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