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Dólar encosta em R$ 4,22 e fecha no maior valor em mais de dois meses

Em um dia tenso no mercado, a Bolsa de Valores caiu, e o dólar norte-americano fechou no maior valor em mais de dois meses. O dólar comercial fechou esta segunda-feira (27) vendido a R$ 4,219, com alta de R$ 0,025 (0,59%). A divisa está no maior valor de fechamento desde 29 de novembro (R$ 4,241).

O dólar iniciou o dia em baixa, mas passou a subir ainda durante a manhã. Na máxima do dia, por volta das 15h, atingiu R$ 4,225. A moeda norte-americana acumula valorização de 5,14% em 2020. A volatilidade também se refletiu na cotação do euro, que fechou o dia vendido a R$ 4,656, com alta de 0,72%.

No mercado de ações, o dia também foi de instabilidade. O Ibovespa, índice da B3 (antiga Bolsa de Valores de São Paulo), fechou o dia com queda de 0,94%, aos 115.385 pontos. O indicador chegou a abrir em alta, mas reverteu a tendência no fim da manhã e passou a operar em baixa.

A sessão foi marcada pelo receio de que o novo vírus descoberto na China traga impactos para a segunda maior economia do planeta. O país asiático confirmou hoje a sexta morte pelo coronavírus, que provoca pneumonia. A China e países próximos adotaram medidas para conter a disseminação da doença.

O confinamento dos habitantes de diversas cidades afetadas por causa da doença reduz a produção e o consumo da China. A expectativa de desaceleração da economia chinesa impacta diretamente países como o Brasil, que exporta diversos produtos, principalmente commodities (bens primários com cotação internacional) para o país asiático. Com menos exportações, menos dólares entram no país, pressionando a cotação para cima.

A reunião do Federal Reserve (Fed), Banco Central dos Estados Unidos, também interferiu nos negócios. A autoridade monetária norte-americana manteve os juros básicos entre 1,5% e 1,75% ao ano.

Na próxima semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central define os juros básicos no Brasil. Caso a taxa Selic – juros básicos – caia para 4,25% ao ano, o país se tornará menos atrativo para os investidores externos, e a entrada de dólares diminuirá.

Agência Brasil

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