Economia

Mercado reduz projeção para a Selic

Enquanto avaliam o impacto da epidemia chinesa sobre os fluxos internacionais de capital, os investidores começam a fazer as contas para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcado para os dias 4 e 5 de fevereiro. A edição desta semana do boletim Focus, do Banco Central (BC), mostra que o mercado reduziu para 4,25% a projeção para a taxa Selic no fim deste ano, ante os 4,50% anterior.

Roberto Campos Neto, presidente do BC, contribuiu para alertar o mercado ao participar de um evento em São Paulo no dia 24 de fevereiro, ao afirmar que o BC está “confortável” com a inflação, apesar da alta nos preços da carne. Para os investidores, essa declaração de Campos Neto foi uma indicação de que o BC pode reduzir os juros já em fevereiro.

Enquanto isso, a economia real continua dando sinais de pujança. Os indicadores da construção civil, um dos setores mais promissores para 2020, permanecem mostrando vigor. Na manhã desta terça-feira (28) a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou dois números setoriais importantes, a inflação e a confiança.

O Índice Nacional de Custo da Construção – Mercado (INCC-M) subiu 0,26% em janeiro, acima dos 0,14% registrados em dezembro de 2019. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços subiu 0,45% em janeiro, após ter recuado 0,01% em dezembro. O índice referente à Mão de Obra subiu menos. Variou 0,09% em janeiro, após subir 0,26% em dezembro.

Já o Índice de Confiança da Construção (ICST) avançou 2,1 pontos em janeiro, para 94,2 pontos, atingindo o maior nível desde os 94,6 registrados em maio de 2014, antes da crise. Pelo oitavo mês em sequência, a média móvel trimestral da confiança sobe. Nos três meses até janeiro ela subiu para 91,9 pontos, ante os 89,9 pontos registrados em dezembro.

É extremamente difícil saber o quanto da reação do mercado deve-se a pânico e o quanto é justificado pelos fundamentos. No entanto, as bolsas globais vinham em uma trajetória ascendente nas últimas semanas, estimuladas principalmente pelas perspectivas de crescimento econômico nos Estados Unidos e na China devido ao fim da guerra comercial entre os dois países. Agora, a epidemia do coronavírus trouxe um novo fator de incerteza e pessimismo, que deve levar os investidores a continuar embolsando os lucros e esperar para ver o que acontece.

 

Redação Mercado News

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