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Bolsa fecha em alta de 1,74%, a 116.478,98 pontos, após cair 3,29% ontem

Após ter registrado ontem sua maior perda em porcentual (-3,29%) desde março de 2019, o Ibovespa reagiu nesta terça-feira, 28, e encerrou a sessão não distante das máximas do dia, em alta de 1,74%, aos 116.478,98 pontos. Assim, o principal índice da B3 volta a acumular ganhos no mês, de 0,72%, mas ainda em baixa de 1,60% no combinado das duas primeiras sessões da semana. O giro financeiro totalizou R$ 20,2 bilhões, com o Ibovespa oscilando entre mínima de 114.474,61 e máxima de 116.796,70 pontos.

As ações de varejo, entre as vencedoras até aqui no ano, continuam a ser demandadas, com destaque para Magazine Luiza (+5,93%) e Via Varejo (+5,32%), acumulando respectivamente ganhos de 20,01% e de 31,07% em janeiro, e estendendo avanço do ano passado. O noticiário corporativo colocou Azul (+8,58%) e Sabesp (+4,74%) no grupo das cinco maiores altas da sessão, entre os componentes do Ibovespa.

Assim como as de siderúrgicas, ações como as da Vale (+1,37%) e Petrobras (+2,35% na ON e 2,75% na PN), entre as mais punidas do dia anterior, ensaiaram recuperação nesta terça-feira, apesar das incertezas que pairam sobre o coronavírus, que desde a semana passada, e especialmente ontem, impôs-se como principal fator para os negócios. “Hoje, os ‘bargain hunters’ caçadores de descontos apareceram após o forte ajuste de ontem, que proporcionou um ponto de entrada especialmente para o investidor de longo prazo”, diz Maurício Pedrosa, estrategista da Áfira Investimentos.

Ele considera que, no curto prazo, os movimentos devem continuar refletindo notícias sobre o coronavírus, sejam positivas, como a possibilidade de uma vacina, ou negativas, como a avaliação de que a doença pode suprimir até 1,2 ponto porcentual do PIB chinês se a dificuldade em contê-la se prolongar. “Aqui, o contexto permanece o mesmo: com os juros em baixa, acaba a comodidade do brasileiro, de não tomar risco, sustentando a migração da renda fixa para a variável como uma perspectiva nova”, acrescenta Pedrosa.

Para Renato Chain, estrategista da Arazul, apesar de os juros induzirem a migração do investidor doméstico para ações, o espaço para avanço do Ibovespa em 2020 tende a ser menor do que no ano passado e, com um grau maior de volatilidade este ano, operações de arbitragem ganharão importância. “A Bolsa subiu muito no ano passado e, em 2020, precisará haver concretização da expectativa, nos resultados das empresas e nos indicadores econômicos”, observa Chain, que trabalha com perspectiva de Ibovespa a 130 mil pontos no fechamento do ano.

Por Luís Eduardo Leal

Estadão Conteúdo

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